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Comportamento

Para quem descobriu o prazer de só observar, melhor das aves é a liberdade

No Estado, aproximadamente 650 espécies de aves estão livres em ambientes rurais e urbanos

Izabela Cavalcanti | 28/04/2023 15:10
Arara-canindé parada em pé de coqueiro (Foto: Wilmar Carrilho)
Arara-canindé parada em pé de coqueiro (Foto: Wilmar Carrilho)

Vistas por todos os cantos, tamanhos, cores e espécies, as aves reúnem uma legião de fãs que se contentam em observar. Prender na gaiola, cortar a asa, além de maldade, para os observadores de pássaros é uma inutilidade sem tamanho.

Nesta sexta-feira, dia 28 de abril, é comemorado o Dia do Observador de Aves, homenagem mais que merecida para quem suporta horas de espera só pelo prazer de fotografar.

A atividade também é conhecida como birdwatching, o amor às aves nativas, como por exemplo, papagaios, araras, maritacas, calopsitas, periquitos. Mato Grosso do Sul tem ainda um diferencial para os observadores, o Pantanal sul-mato-grossense e a Serra da Bodoquena.

Conforme dados repassados pela Fundtur-MS (Fundação de Turismo de Mato Grosso do Sul), no Estado, tem aproximadamente 650 espécies de aves vivendo livremente em ambientes rurais e urbanos.

O contato com a natureza e os pássaros é o que move o trabalho do fotógrafo Wilmar Carrilho desde 2015. “Sempre observei e interagi com a natureza à minha volta. Comecei a fazer fotos de paisagens e nessas paisagens também estavam as aves, daí foi só curtir, apreciar, observar e clicar”, pontuou.

Arara-canindé em galho de árvore, em Campo Grande (Foto: Wilmar Carrilho)
Arara-canindé em galho de árvore, em Campo Grande (Foto: Wilmar Carrilho)

Para Carrilho, as cores, formas e graciosidade dos pássaros é a “leveza da liberdade”. Dentre as suas preferências está fotografar arara-vermelha, canindé e híbrida, que é o resultado do cruzamento das duas.

Em relação à data criada, o fotógrafo acredita que é uma maneira de eternizar e de mostrar vários olhares diferentes sobre a natureza.

“Esse Dia do Observador de Aves é para chamar atenção das pessoas a ter um olhar diferente à sua volta, observar os pássaros, seus sons e cores, espalhando e eternizando essa beleza através da fotografia”, destacou.

Com céu aberto, periquitos comem em muro de casa (Foto: Juliano Almeida)
Com céu aberto, periquitos comem em muro de casa (Foto: Juliano Almeida)

Campo Grande – Na manhã desta sexta-feira, a Sectur (Secretaria de Turismo de Campo Grande) disponibilizou o ônibus da City Tour para um grupo de 65 participantes. Todos eles fizeram trilha no Parque Mata do Segredo.

O fotógrafo e observador de aves Geancarlo Merighi, que também é servidor da Fundtur, foi um dos organizadores. De acordo com ele, no caminho do grupo, apareceram mais de 60 espécies, com nomes que muita gente nem sonha: soldadinho, choca-do-planalto, udu-de-coroa-azul, araçari-castanho, anambé-branco-de-rabo-preto, entre outros.

“Campo Grande é uma cidade que se destaca pelas aves. São mais de 400 catalogadas na cidade. O turismo de observação vem numa crescente no Brasil. É um turista que respeita o meio ambiente”, ressaltou.

Ao ser questionado sobre quem pode ser um observador, prontamente, Geancarlo respondeu: “Qualquer um pode ser. Só de abrir a janela, você já pode observar as aves”, finalizou.

A Prefeitura de Campo Grande publicou no dia 5 de abril, no Diogrande, a Lei n° 7.023 que declara Campo Grande como a Capital do Turismo de Observação de Aves e institui o Dia Municipal de Observação de Aves.

Tucano parado em fio de energia elétrica, em Campo Grande (Foto: Juliano Almeida)
Tucano parado em fio de energia elétrica, em Campo Grande (Foto: Juliano Almeida)


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