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Comportamento

Pegar a mãe no colo fez Erick entender todo o amor do mundo

Motorista reflete sobre como retribui os cuidados que recebeu da mãe cuidando dela com todo carinho

Bárbara Cavalcanti | 05/08/2021 07:10
Erick segura a mãe no colo em uma foto de 1998. (Foto: Arquivo Pessoal)
Erick segura a mãe no colo em uma foto de 1998. (Foto: Arquivo Pessoal)

Na foto, o motorista do Campo Grande News Erick Josemar Guterres Batista segura a mãe dele, Marlene Albuquerque Guterres Batista no colo em um momento descontraído e instantâneo. Mas o carinho e o amor que ele sente pela mãe não fica apenas no retrato. Ao Lado B, Erick contou como não hesita em cuidar de dona Marlene, agora com 80 anos, com todo amor e dedicação.

“Ela é meu nenê, até mesmo pelo tamanho”, ri ao falar da foto. A fotografia dos dois foi tirada em 1998, aqui em Campo Grande, mas Erick garante que acalentar a mãe no colo é um hábito diário. “Eu pego ela no colo assim brincando sempre. Nossa união é muito forte, é uma coisa fora do comum”, detalha.

Erick é único filho homem de sangue de dona Marlene. Além dele, ela só teve mais uma filha biológica. O restante, são todos filhos que dona Marlene criou como se fossem dela. A foto, inclusive, foi tirada por um dos primos de Erick, de São Paulo, durante uma visita em Campo Grande.

“Todo mundo que conhece mamãe se apaixona por ela, porque ela é um doce. Minha mãe já trabalhou muito, criou muito filho dos outros na vida. Então, hoje, eu faço essa minha parte. É meu dever, mas eu faço com muito amor, porque nós dois somos muito apegados mesmo”, expressa.

Dona Marlene é natural do município de Amambai, distante aproximadamente 302 quilômetros da Capital. Viveu em Campo Grande boa parte da vida, onde criou os filhos. Hoje, apesar da saúde frágil, ainda consegue fazer alguns afazeres domésticos, mas sempre com supervisão.

“Como ela é mais velhinha, às vezes, ela esquece a porta da geladeira aberta ou um botão do fogão ligado. Então, a gente sempre está em cima, sempre cuidando. Graças a Deus, encontrei uma esposa que também cuida dela, que é os braços e as pernas da minha mãe, praticamente. Tem que ficar em cima mesmo, cuidando igual bebê”, brinca.

Erick relata que não consegue viver separado dos pais. Além da mãe, também cuida do pai de 91 anos. Uma das raras ocasiões em que ele ficou separado por um tempo prolongado dela, foi quando ela precisou ficar no hospital por causa de uma bronco-pneumonia.

“Foi um período muito difícil para todos nós. Mas eu fui o primeiro a chegar lá. E ela venceu, graças a deus. Tem também a questão da confiança. Não consigo sair de perto deles, porque até eles mesmo só confiam em mim pra cuidar do jeito deles, não é todo mundo que cuidaria assim. Já recebi algumas oportunidades para ganhar muito bem, mas ficando longe deles e não consegui aceitar. Tem muita gente que faz por obrigação, mas eu cumpro meu dever por amor”, detalhou.

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