"Preso" no Brasil, Paulinho sonha em levar geral para Europa de novo
Professor levava estudantes para rolês culturais na Europa, que agora ficam só na lembrança
Trabalhar viajando o mundo, conhecendo os melhores museus e lugares famosos que só os países europeus são capazes de proporcionar. Assim era a vida dos professos de artes Paulo Rogério Cezimbra Filho, de 39 anos, o famoso professor Paulinho.
Acostumado a agenciar viagens com fins culturais para jovens de Campo Grande, Paulinho fez de uma paixão, mais uma forma de ganhar dinheiro, mas está há mais de um ano sem levar ninguém para Europa.
No #TBT de hoje, o professor relembra um período não muito longínquo, mas que parece outra era, quando transitávamos livremente entre os continentes.
“Minha primeira experiência na Europa, foi na lua de mel que eu e minha esposa tivemos lá no início de 2012. Fomos para Paris e Roma. Uma experiência incrível e foi paixão à primeira vista, vimos de perto tudo aquilo que sempre estudei na faculdade e que dava aula”, conta Paulinho.
Em 2016, após nova viagem para México e Europa, o professor achou que poderia fazer desse hobbie uma “profissão”. “Na volta para Mato Grosso do Sul, perguntei a minha esposa Roberta: “Amor, que tu acha da gente proporcionar aos meus alunos e ao público que queria conhecer a Europa, uma viagem cultural, mostrar de perto, inloco, aquilo que tanto falo e amo todos os dias em minhas aulas através de informações, dicas, fotos e vídeos?, explica o professor.
Aí nasceu o projeto "Viaje com Paulinho", que tem até Instagram. “Levamos o primeiro grupo em janeiro de 2017. A partir deste, a procura começou a ser constante e os alunos que foram comentavam sobre a viagem, postavam fotos e vídeos e lógico, aguçavam a curiosidade de como era viajar comigo para Paris”.
Ao todo, segundo o professor já levou 128 pessoas para a Europa, divididos em vários grupos. O perfil vai desde alunos de Fundamental (acompanhados por responsáveis), alunos de Ensino Médio, universitários, adultos (pais e avós de alunos), público em geral.
Mas aí veio a pandemia e um projeto que começava a decolar, teve de pousar sem previsão de novos vôos. “Infelizmente temos de esperar, estamos amarrados, pois vivemos uma situação muito complicada aqui no país, mas espero e torcemos para que tudo volte a normalidade o quanto antes. A ideia e projeção é termos grupos para lá a partir de janeiro de 2022”.
Paulinho não acredita que, de alguma forma, essa impossibilidade de viagens privou as pessoas do “consumo” da cultura, mas tirou esse contato próximo que traz um sentimento único. “Nada substitui estar lá não é? A alternativa é esperar e já se organizar para as próximas. Torcer pela vacinação e conscientização de todos, para que possamos comemorar viajando, de preferência comigo (risos)”.
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