"Pela democracia": Regina decidiu votar mesmo acamada e respirando por aparelho
Ela tem esclerose lateral amiotrófica e depende do uso de ventilação mecânica para respirar
“A democracia!" Foi o que Regina Aparecida Oliveira do Carmo, de 56 anos, respondeu para a reportagem do Campo Grande News ao ser questionada o que havia lhe motivado a sair da cama nesta tarde de 2 de outubro de 2022, dia de eleições gerais, para ir votar. Regina tem esclerose lateral amiotrófica e depende do uso de ventilação mecânica para respirar.
A eleitora foi acompanhada do fisioterapeuta William Braga, 31 anos, e da filha, Juliana Carmo Bueno Salvador, 34 anos, até a escola estadual Lúcia Martins Coelho, para escolher seus representantes. William acompanha o quadro de Regina há dois anos, e explica que a paciente é acamada e traqueostomizada. Mas nenhuma dessas condições foram um empecilho para que Regina se levantasse da cama hoje. “Ela fez questão de vir”, conta.
Com habilidade de fala limitada, Regina se comunica por meio de um aplicativo pelo celular. No ano em que o direito das mulheres ao voto completa 90 anos, ela garante que não abre mão de escolher seus representantes . "Principalmente por eu ser mulher e ter direito ao voto”, expressa.
O pedido para ir votar partiu exclusivamente da paciente, e William fez questão de acompanhar para garantir que todo o processo de votação fosse em segurança. “O trabalho do fisioterapeuta é entregar parcelas de sucesso por dia, então isso faz parte de um sucesso pra ela. Essa capacidade de sair de casa pra vir, conseguir fazer isso. E da maneira mais importante: com segurança”, finaliza.