“Saquinho do elogio” transforma quem enfrenta o câncer com o filho
Projeto simples se tornou grandioso para mães que recebem carinho e um exercício de empatia
O câncer é uma doença que desestabiliza quem a tem no corpo e quem está ao lado. Familiares que lutam junto com seus filhos, por exemplo, precisam de afeto tanto quanto quem enfrenta as dores da enfermidade. Foi pensando nisso que assistentes sociais da AACC (Associação dos Amigos das Crianças com Câncer) de Mato Grosso do Sul apostaram numa ideia simples para transformar o dia dessas pessoas.
O projeto “Saquinho do Elogio” nasceu na pandemia para reconfortar nos dias difíceis, especialmente naqueles lotados de saudade. Isso porque com as medidas de seguranças e restrições durante esse período, muitas mães que acompanham seus filhos e filhas em tratamento se viram distantes dos projetos desenvolvidos dentro da instituição.
“Por conta da pandemia, todas as atividades foram suspensas. As mães tinham artesanato, oficinas de estética e muitas outras atividades que envolviam e aproximavam-nas. Então decidimos fazer que a ociosidade se transformasse em uma ação positiva”, explica Rosangela Machado Barros, assistente social da AACC.
O saquinho funciona de um jeito simples. Mães escrevem elogios e colocam nos saquinhos de outras mães que estão na casa. Com isso, todos os dias elas pegam elogios e recados reconfortantes enquanto enfrentam junto dos filhos a luta contra o câncer.
“Todos nós temos dias ruins e, com essas mensagens, podemos tornar o dia delas um pouco melhor”, explica a assistente social.
A ideia deu tão certo que algumas mães quiseram levar o saquinho com elas. E o bacana é que os recadinhos podem ser anônimos ou identificados. A única exigência é depositar na escrita a boa vontade.
“É uma ação simples, mas que tem feito as mães sentirem muita diferença no dia a dia”, cita Rosangela, já que muitas mães estão fora de suas cidades natais e da família para o tratamento."
“Ouvir uma palavra de carinho de quem está na mesma situação é um alento e também um lindo exercício de empatia”, acrescenta Evelise Couto, assessora e voluntária da instituição.
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