Semana escaldante proporciona sol estilo "bola de fogo" no céu
Logo cedo, por aqui, o “maçarico tá ligado” e o sol parece que caiu sobre nossas “caxangas”, é coisa de maluco.
“Acordei tava ligado o maçarico! Sem neurose, não era nem nove da manhã e a minha caxanga parecia que tava derretendo. Não dava nem mais pra ver as infiltração na sala, tava tudo seco. Só ficou as mancha: a santa, a pistola e o dinossauro. Já tava dado que o dia ia ser daqueles que tu anda na rua e vê o céu todo embaçado, tudo se mexendo que nem alucinação. Pra tu ter uma ideia, até o vento que vinha do ventilador era quente, que nem o bafo do capeta”.
É assim, como o personagem do primeiro conto do livro “O Sol na Cabeça”, do escritor carioca Geovani Martins, que o campo-grandense está se sentindo essa semana.
Logo cedo, por aqui, o “maçarico tá ligado” e o sol parece que caiu sobre nossas “caxangas”, é coisa de maluco. Os olhos ardem, a pele sente os raios de sol quase como se eles fossem palpáveis.
Eu me sinto uma lasanha indo pro forno quando tenho que entrar no carro na hora do almoço, depois dele ter ficado estacionando a manhã inteira debaixo do sol enquanto trabalhava. Tocar no volante, trocar a marcha, abaixar o vidro, são tarefas dignas de um cozinheiro que toca na frigideira pra ver se ela já esquentou.
De manhã também podemos ver o sol surgindo tal qual uma bola de fogo que pula no horizonte varrendo a brisa fresca da madrugada. Ele anuncia o dia quente pela frente.
Pelo menos essa estufa chamada Campo Grande tem gerado imagens espetaculares nesse primeiro horário, principalmente pelas lentes de Henrique Kawaminami, fotógrafo do Campo Grande News.
“Desde que o calor começou a ficar realmente forte, próximo ou mais de 40 graus, dei mais foco ao Sol e a cidade esfumaçada. Antes dessa época de queimadas e calor intenso, priorizava o céu de maneira geral e a cidade”.
As fotos são impressionantes, cada dia um espetáculo diferente. A paleta de cores combinando tons avermelhados, alaranjados com o preto contrastando lembra muito o sol nascendo em “Apocalypse Now”, filme clássico de Francis Ford Coppola.
“O Sol está diferente, cada dia é uma composição diferente de cor e brilho. Acho que depende da fumaça no céu”.
Vale a pena conferir as fotos. Vale a pena também procurar uma sombra e tomar bastante água. Tchau!
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