Amigos saem de MS e chegam à praia de Game of Thrones na Islândia
Quatro amigos economizaram uma grana alta para se aventurar em um país nórdico espetacular
O mundo sempre foi uma inspiração para o professor e diretor de espetáculos Fernandes Ferreira de Souza, de 53 anos, que ama viajar. Mas ele nunca cogitou juntar as economias para encarar a Islândia, uma terra de cultura e paisagens fascinantes na Europa, mas também um dos destinos mais caros da atualidade para se conhecer.
Nos últimos anos, alguns pontos da Islândia ficaram conhecidos em filmes e séries como Game of Thrones, que teve como cenário a famosa praia de areia preta. Fernandes e mais três amigos que vivem em Mato Grosso do Sul estiveram por lá. Por isso, ele narra na série Voz da Experiência, a chance que teve de ser um “nordestino nórdico” por alguns dias.
“A Islândia nunca esteve nos meus planos, mas quando se tem a alma de viajante, algumas jornadas se apresentam assim, de repente… José é quem acalentava esse sonho nórdico e então me fez o convite para acompanhá-lo, contudo, eu não disse sim de prontidão, fui pesquisar.
Li inúmeros blogs, assisti a praticamente todos os filmes e séries islandeses disponíveis. Descobri então que era um país mágico, com paisagens exuberantes, que era preciso no mínimo uma semana para, dirigindo, contornar a ilha, podendo então conhecer de perto a terra de Odin, de acordo com a mitologia nórdica, assunto pelo qual sou apaixonado.
Infelizmente descobri também que se tratava de um dos destinos mais caros da atualidade, onde uma Coca-cola custa mais de R$ 30,00 e uma cerveja R$ 60,00, o mesmo preço de uma taça de vinho, e um almoço a média é de R$ 120,00.
Transformei essa viagem numa prioridade, economizei o máximo, tomei emprestado dinheiro da filha caçula e lá fomos nós. Arrastamos para esta aventura dois amigos de Nova Andradina: o Enzo e a Vera.
Escolhida a data começamos a desenhar o itinerário que começaria e terminaria em Reykjavík, a capital da Islândia, com pouco mais de 300 mil habitantes, o que corresponde a 80% da população total do país. Nos primeiros dias percorremos o famoso Golden Circle, roteiro bastante comum entre as hordas de turistas que invadem o país, especialmente no verão, depois saímos pela rodovia 1, conhecida como Ring Road, assim chamada por circular o país.
Dirigimos mais de 1500 km fotografando e vivenciando tudo aquilo que a ilha pode oferecer a um turista com um pouco mais de tempo e muita curiosidade além de extrema coragem para tirar a roupa e mergulhar nas hot springs (piscinas térmicas), muitas delas próximas a montanhas cobertas de neve. Cachoeiras em abundância – cujos nomes são impronunciáveis – coroadas sempre por imensos arco-íris, cidadezinhas portuárias com 15 casinhas charmosas e restaurantes de alta qualidade, inúmeras kirkjas (igrejas), geleiras, gêiseres, crateras de vulcões e a totalmente peculiar Reynisfjara, uma praia de areia preta, cenário de vários filmes e séries como Game of Thrones.
Não bastasse tudo isso, dirigimos por trechos totalmente cobertos de neve e chegamos a sentir o poder do famoso vento islandês, o qual é capaz de tirar um carro da estrada.
Confirmamos uma a uma as diversas curiosidades deste país: A culinária islandesa é baseada no cordeiro, porco e diversos peixes, como o salmão e o bacalhau, sempre acompanhados de legumes. O exotismo fica por conta do carpaccio de carne de cavalo, carne de baleia e o famoso “tubarão podre”. Experimentei apenas o último ainda assim com um copinho de brennivin (pinga ) para aumentar a coragem e tirar o gosto de queijo velho com cheiro de chulé.
Também não há Mc Donald’s , mas há o pylsa, o melhor hot-dog do mundo, testado e aprovado. Não há mosquitos nem árvores, apenas alguns arbustos aqui e acolá.
A cerveja foi proibida até 1989 e atualmente você compra bebidas alcoólicas apenas numa rede de loja especializada, a Vibudyn. Nos supermercados apenas cervejas e vinhos sem álcool podem ser comercializados.
A Islândia é o país mais seguro do mundo. Média de dois crimes por ano, geralmente passionais. E 10% da população já escreveu um livro, o resto pretende escrever, agora, até eu quero escrever o meu.
Os homens de lá também tem direito a licença maternidade. Os islandeses acreditam realmente em duendes e elfos, uma das provas disso é o número enorme de casinhas construídas ao longo das estradas ou em frente as casa” .
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