Dois festivais de blues vem por aí, ao mesmo tempo e com atrações internacionais
Do título de "Terra do Sertanejo" Mato Grosso do Sul não consegue escapar, mas outros estilos, com o blues e o jazz, também têm lá os seus espaços. A promessa deste ano é que o estado entre de vez no circuito nacional com dois festivais dos gêneros, que vão acontecer de 14 a 16 de novembro.
Pela primeira vez, Bonito vai ser palco de um festival voltado apenas ao blues e jazz. Na última semana, o projeto para que o festival saísse do papel e se tornasse real foi finalmente aprovado pelo FIC, criado pelo empresário Afonso Rodrigues Junior, de 55 anos. O Fundo de Incentivo à Cultura vai liberar R$ 60 mil para o evento.
A cidade mais turística de Mato Grosso do Sul anualmente promove o Festival de Inverno, com atrações nacionais, de vários ritmos. Mas disposto a fazer com que o evento também se torne pontual no calendário do município, Afonso promete atrair grande público e provar que o blues e o jazz são viáveis também por aqui.
Faltando pouco mais de dois meses, a programação completa do evento ainda não foi fechada, mas o organizador antecipa alguns nomes que devem aparecer no festival, como: Robson Fernandes, Osvaldo e Celso Vecchione, da banda "Made in Brazil"; André Cristovão, Luís Sérgio Carini, da banda "Tutti Frutti"; e também bandas regionais e uma atração internacional, que ainda é "segredo", segundo o organizador.
E quem quiser aprender o básico de um dos instrumentos que é a cara do blues, a gaita, o músico paulista Robson Fernandes vai ministrar um workshop. A taxa cobrada será de R$ 10,00 e o aluno ainda vai ganhar uma gaita. O guitarrista Fábio Brum também vai ensinar os princípios básicos do instrumento que deram ele fama no cenário nacional.
Afonso pensa grande, espera bluseiros de todo o País e, inclusive, pacotes de viagens, que devem incluir passaporte para os shows, hospedagem, transporte aéreo e passeios pela cidade. "O público daqui é pequeno, mas é carente de música com qualidade", explica. O festival vai acontecer no casa de shows "Espaço Madeiral", e os ingressos para cada dia de evento vão custar R$ 25,00.
Tudo ao mesmo tempo - O problema é que aquela máxima de que "Campo Grande nunca tem nada e quando tem é tudo em um mesmo dia" vai se repetir mais uma vez. Para o dia 15 de novembro também está previsto o "MS Blues Festival".
O evento que já chegou a 8ª edição e é promovido em parceria com a banda "Whisky de Segunda", sem nenhum fim lucrativo, acumula cachês e dinheiro arrecadado na portaria dos eventos para trazer atrações para novas edições. E a próxima vai contar com um dos mais importantes nomes do blues da atualidade, o músico Mud Morganfield, filho do lendário Muddy Wanters.
Mas desta vez, o evento vai ter o requinte que o compasso do blues pede, o show terá venda de mesas, com bebidas e comidas inclusas, porém, o local e o valor das entradas ainda não foram definidos.
Segundo um dos organizadores, o guitarrista da banda Whisky de Segunda, Jefferson Pasa, o evento foi confirmado ainda em abril deste ano e a semelhança da data com com os shows em Bonito é apenas uma coincidência. A vontade que fica é de que o público compareça nos dois festivais. "Os apreciadores do blues e jazz cresceram e há espaço para dois eventos deste porte", garante.