Letra de música com declaração de amor à mãe faz rapper chorar
Música “Oitê” tem batida pesada, mas letra é mensagem de amor para todas as mães
O estilo musical Hip hop tem como características batidas mais pesadas e letras fortes e composição “Oitê”, produzida por Fernando Lima, conhecido com Lima no Beat, segue nessa linha. Porém, a letra, escrita e rimada pelo artista Maycon dos Santos, de nome artístico MCN, vai em contraste do ritmo pesado, e traz uma declaração de amor às mães, que inclusive faz até rapper durão chorar.
Foi o que aconteceu com os músicos. Tanto Maycon, quanto Lima, tinham vontade de escrever sobre as mães. A voz de mulher no início da música, é a da mãe de Lima, que hoje vive em Portugual. “Ele gosta muito desse áudio e sempre me falava que queria fazer alguma coisa coisa com ele”, explica Maycon.
“Oi filhão, tudo bem? E aí, como que tá a música, o beat? Vai mandando notícia, tá bom? Te amo, fica bem! Torcendo por você sempre!”, diz mãe de Lima em áudio que deu origem à música.
A faixa tem o título de “Oitê”, que significa mãe em Guarani. De acordo com Maycon, a música fluiu muito naturalmente. “Ele tinha o áudio e batida, eu coloquei a rima e quando mostrei pra ele, ele começou a chorar aqui na minha frente e eu me arrepiei todinho. Eu também chorei demais escrevendo essa música, então tinha que ser assim”, detalha.
No clipe, a própria mãe de Maycon é a protagonista. “Apesar da minha mãe aparecer, não é só uma música para ela. É para as pessoas se identificarem. São vários relatos, várias vivências, eu escrevo muito sobre as minhas vivências, é minha inspiração, mas é para as pessoas se identificarem”, reforça.
Ainda de acordo com Lima, o objetivo era também trazer um som mais positivo. “Quando a gente começou esse projeto, eu falei pra ele que música triste já tem. É pra ter uma pegada diferente mesmo”, explica. A música também traz um trecho do poema “Para Sempre”, de Carlos Drummond de Andrade. “A gente ficou muito inspirado com o trecho que diz: “Mãe não morre nunca”. Então nessa música tem uma homenagem a esse poeta também”, expressa Lima.
Os músicos sempre trabalharam e atuaram na cena do Hip Hop na Capital, mas foi esse ano que a carreira solo de Maycon começou a tomar forma, quando surgiu a parceria com Lima. Ambos já têm um histórico de trabalhos juntos, mas foi nesse ano em que o projeto do álbum completo se concretizou e a produção passou a sair do papel.
“Lima morou um tempo fora do país. Antes disso, a gente andava de skate junto, ele sempre me acompanhou no meu trabalho musical. Lá de Portugal, o país onde ele estava morando, ele começou a me mandar algumas batidas, pra eu rimar. Com a pandemia, ele teve que voltar para o Brasil e isso foi o ponta pé inicial para fecharmos esse trabalho”, explica Maycon.
O album completo intitulado “O sonho não acabou”, já tem uma apresentação gravada no Youtube. O pocketshow aconteceu com financiamento por da Lei Aldir Blanc. Tudo está disponível no Canal do Youtube do Átomos Rap, grupo que integra toda produção do projeto.
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