Os punks dos anos 90 em Campo Grande comemoram 20 anos de "Os impossíveis"
“Moicanos” remanescentes do cenário do punk rock de Campo Grande, “Os impossíveis” comemoram neste sábado duas décadas de banda, com show no Bar Fly.
A banda liderou o espaço e ganhou notoriedade mostrando aos campo-grandenses o que era o punk, um movimento que começou nos anos 70, mas que só deu as caras por aqui no início dos anos 90, impulsionado também pelas bandas HIV e The Crazy Dick.
Numa época em que até o rock era muito mais difícil de ser encontrado em Campo Grande, o nome da banda foi certeiro ‘Os Impossíveis’. “Não existia nada, apenas algumas bandas de blues e de metal”, explica o vocalista Joaquim Seabra, o "Cebola", que relembra os olhares tortos de quem assistia aos shows desconfiado.
Mas a cena inflamou e a banda perdura como resistência da cena independente na cidade, mas que hoje voltou ao submundo.
Depois de várias formações, hoje o grupo segue com “Cebola”, de 42 anos, e o baterista Jean. Fazem parte da banda também os músicos Wagner, que assumiu a guitarra, e Rodrigo, no contrabaixo.
“A banda sempre rendeu bons frutos”, relembra Cebola, citando os "bons tempos", em que puderam abrir shows de bandas importantes, como do Sepultura, além de viagens e festivais por todo o País.
Mas a vontade de viver da música ficou no passado, hoje a banda hoje não é prioridade, e por conta disso, desde outubro do ano passado Os Impossíveis não realizam nenhum show. "Há seis anos, o foco pessoal deixou de ser a banda", esclarece Cebola. Jean e Rodrigo moram no Rio de Janeiro e Wagner em Três Lagoas, o que torna ainda mais complicada o caminho juntos.
Para quem quer relembrar as rodas punks (Mosh), ao som do bom de Os Impossíveis, a festa hoje começa às 23 horas, na rua Pajuçara, 201. Os ingressos custam R$ 20,00. A banda convidou também para tocar os grupos Idis, Dead Cow, Joaquim Seabra e a Orchestra Maravilhosa, além de músicos que tiveram importância na história do grupo.