Água é boa, mas não é suficiente no tempo seco; veja como não sofrer
Atenção com alimentação precisa ser redobrada, principalmente com consequências de incêndios
Mato Grosso do Sul tem enfrentado dias com baixa umidade do ar e, em Campo Grande, a previsão do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia) é de que o nível permaneça variando entre 35% e 80% nos próximos dias. Enquanto isso, a região de Corumbá sofre ainda mais com os efeitos dos incêndios. Por isso, o conselho da nutricionista Idalene Rocha é que a atenção precisa ir muito além de só beber água; a alimentação também entra em jogo.
Hoje, o “menu da nutri” está um pouco diferente e, considerando as diversas áreas que são afetadas pelos incêndios e mudanças climáticas, o foco precisa se voltar para formas de lidar com tudo isso. Em geral, a OMS (Organização Mundial da Saúde) recomenda que o ideal para seres humanos é que a umidade do ar permaneça entre 50% e 60%.
O problema é que, por aqui, além da umidade estar chegando a 30%, também há o fator de poluição causada pelas chamas.
O tempo seco e quente ao mesmo tempo é muito ruim para nossa saúde pensando na questão respiratória. Somando o fato de que nossa região está sendo atingida por muitas queimadas, piora a situação. Então, além de aumentar a hidratação, precisamos aumentar o consumo de alimentos in natura, que são frutas, verduras e legumes que têm muita água e auxiliam no processo de hidratação, destaca Idalene.
De forma geral, a nutricionista explica que deixar os industrializados é um caminho necessário, mas em períodos críticos essa orientação é ainda mais forte. Isso porque além da água presente nos alimentos, há também outros nutrientes importantes.
Idalene cita que desde frutas cítricas até folhagens e legumes, cada um desses alimentos ajuda na rotina para manter a saúde em dia. “Frutas cítricas como goiaba, acerola, tangerina, laranja e limão contam com mais vitamina C. Com elas, o organismo fica mais resistente a doenças de origem respiratória e virais”.
Em uma lista de outros alimentos que são ricos em quantidade de água estão rabanete, melancia, tomate, nabo cozido, cenoura, couve-flor cozido, melão, morango e abacaxi. Todos esses podem ser incluídos na rotina para reforçar a alimentação.
Além disso, Idalene cita que outro conselho é incluir os “super alimentos” como uma forma de completar as defesas. “Alho e cebola são conhecidos assim porque possuem poder antioxidantes que protegem e fortalecem a imunidade. Muitas pessoas usam os dois só como temperos, mas consumi-los crus é ideal”.
Sobre esses dois alimentos, a nutricionista destaca que ambos são ricos em zinco, selênio, vitaminas “A”, “C” e “E”, além do complexo “B”. “Não use apenas como tempero, mas como agente protetor. Além de tratar problemas como gripe, resfriado e problemas imunológicos, eles ainda protegem de problemas cardiovasculares devido ao seu poder antioxidante”.
E, para quem quiser ir ainda mais além, a nutricionista sugere que a alimentação com base vegetal seja testada. Isso porque, segundo Idalene, ela é reforçada no sentido in natura.
Quem ainda não conhece sobre pode entender mais na festa junina vegana que será realizada no próximo domingo (30), das 15h às 21h. Com entrada gratuita, o evento terá diversos alimentos e também pessoas que poderão falar sobre suas experiências. A feira será realizada na Rua Barão de Melgaço, 177, no Centro.
E, para completar as indicações de Idalene, ela sugere uma receita simples de xarope natural para auxiliar com problemas causados pelo período de baixa umidade:
Ingredientes
- 3 colheres de melado de cana
- 2 colheres de açafrão da terra
- 1 limão espremido
- 1 suco de 1 laranja
- 1 abacaxi pequeno (picado)
Modo de preparo
Coloque para ferver em uma panela o abacaxi e melado de cana, quando tiver terminado e estiver totalmente frio, adicione os demais ingredientes (para que não se perca as propriedades nutricionais, como a vitamina C, pelas altas temperaturas). Por fim, misture tudo bem, e guarde em um pote tampado.
Recomendação
Ofereça para pessoa que estiver resfriada, gripada ou com problemas parecidos de 3 a 4 vezes por dia.
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