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Lado Rural

MS finaliza colheita do milho com 3 semanas de atraso causado pela soja

Segundo cálculos do Siga-MS, produção deve cair em torno de 12% em relação ao ciclo anterior

Por José Roberto dos Santos | 27/10/2023 13:32
Colheitadeira avança sobre área plantada com milho em MS; produtividade do grão ficou na média dos últimos 5 anos. (Foto: Arquivo/Sistema Famasul)
Colheitadeira avança sobre área plantada com milho em MS; produtividade do grão ficou na média dos últimos 5 anos. (Foto: Arquivo/Sistema Famasul)

A colheita da segunda safra de milho 2022/2023 em Mato Grosso do Sul foi concluída após 17 semanas. Em comparação com a segunda safra 2021/2022, houve um atraso de 3 semanas, causado pelo prolongamento da colheita da soja no Estado devido ao excesso de chuvas. Em função do atraso, muitos produtores perderam a janela do plantio e o resultado foi uma produção menor. A estimativa é de que 54% da produção de milho em MS está fora da janela ideal de semeadura.

Os números são do boletim Casa Rural, que acabam de ser divulgado pelo Sistema Famasul, com base em projeções do projeto Siga-MS (Sistema de Informação Geográfica do Agronegócio). O Siga é uma ferramenta criada e mantida pela Aprosoja/MS (Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso do Sul ) para monitorar lavouras desde 2009.

A estimativa é que a safra finalizada seja 5,39% maior em relação ao ciclo passado (2021/2022), atingindo a área de 2,325 milhões de hectares. A produtividade estimada é de 80,33 sacas por hectare, o que está dentro do potencial produtivo das últimas 5 safras do Estado. Essa estimativa gera a expectativa de produção de 11,206 milhões de toneladas, representando uma retração de 12,28% em comparação ao ciclo anterior.

Segundo o Boletim Casa Rural, é importante ressaltar que a área e a produtividade do Estado ainda estão sob análise – até o momento foram amostrados 1,008 milhão de hectares de milho.

Praga na lavoura

Nesta safra foi registrado o aumento da infestação do Sorghum halepense, também conhecida como capim-massambará ou vassourinha. Originária da África, está causando problemas na entrega de cargas. É crucial que o produtor não permita o desenvolvimento do capim vassourinha em sua lavoura, pois a presença de sementes de espécies daninhas pode prejudicar a comercialização dos grãos, principalmente em contratos de exportação.

A colheita atrasada deste ano afetou a aplicação de corretivos. Atualmente, muitos produtores estão finalizando essa operação. Os dados do resultado da safra estão em análise, em breve será publicado.

Campo Grande News - Conteúdo de Verdade

Milho cai 44,5% em um ano

De acordo com as cotações disponíveis no site da Granos Corretora, o valor médio para o período de 16 a 23 de outubro foi de R$ 40,10 a saca de 60 quilos, que representou queda de 44,53% em relação ao valor médio de R$ 72,29/sc no mesmo período de 2022. Os preços atuais não necessariamente são os valores que o produtor está recebendo, uma vez que a comercialização ocorre gradualmente.

Até a data de 23 de outubro a comercialização do milho segunda safra atingiu 52,63% em Mato Grosso do Sul.

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