MS livre de aftosa sem vacinação é tema de Encontro Técnico de Criadores

O 2º Encontro Técnico dos Criadores irá tratar no dia 21 de agosto a partir das 18h30 de um tema desafiador: Mato Grosso do Sul com status de livre da febre aftosa sem vacinação a partir do ano de 2023. A proibição no Estado faz parte do processo de reconhecimento internacional do Brasil como país livre da doença sem vacinação, pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE).

O evento, que acontece no Pavilhão do Fazendeiro, no Parque de Exposições Laucídio Coelho, contará com exposição do engenheiro agrônomo e diretor presidente da Iagro (Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal de MS), Daniel Ingold, que após a palestra irá conversar com os criadores e esclarecer dúvidas sobre o processo.

Em 2023 a obrigatoriedade da vacinação foi abolida. Mato Grosso do Sul cumpria duas etapas anualmente, uma em maio e outra em novembro, tanto na região do Planalto quanto no Pantanal. Com a retirada da obrigatoriedade do imunizante os pecuaristas do Estado passaram a economizar pelo menos R$ 36 milhões por ano, considerando o preço da dose a R$ 2,00 em média e um rebanho de bovinos e bubalinos de aproximadamente 18 milhões de cabeças, de mamando a caducando.

Falta só a certificação

Nesta quarta-feira, 3, o Comitê Gestor do Plano Estratégico do PNEFA (Programa Nacional de Erradicação e Vigilância para a Febre Aftosa), reuniu-se em Campo Grande para avaliar as ações que vêm sendo desenvolvidas em MS e que irão projetar Mato Grosso do Sul a essa nova condição sanitária: como área livre de febre aftosa sem vacinação.

No encontro ainda foi debatido o calendário dos trabalhos de vigilância contra a doença. "Debatemos quais serão as estratégias que serão adotadas em sequência, já que a vacina foi retirada em 2022. Agora estamos caminhando para buscar uma certificação internacional de livre de aftosa sem vacinação, dado pela OMSA, a Organização Mundial de Saúde Animal", resumiu Daniel Ingold, presidente da Iagro-MS.