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Lado Rural

Safra cai 12% em março e IBGE prevê 24,9 milhões de toneladas para o MS

Produção de cereais, leguminosas e oleaginosas estimada para 2024 é 6,6% menor que previsão de fevereiro

Por José Roberto dos Santos | 12/04/2024 10:10
Soja colhida em Mato Grosso do Sul; perda na produção é de quase 14%. (Fotos: Divulgação/Aprosoja-MS)
Soja colhida em Mato Grosso do Sul; perda na produção é de quase 14%. (Fotos: Divulgação/Aprosoja-MS)

Em março, a produção de cereais, leguminosas e oleaginosas no estado de Mato Grosso do Sul estimada para 2024 deve totalizar 24,9 milhões de toneladas, 12,3% menor que a obtida em 2023 (28,4 milhões de toneladas), com redução de 3,5 milhões de toneladas; e 6,6% abaixo da informada em fevereiro, com decréscimo de 1,8 milhões de toneladas (26,7 milhões de toneladas).

O IBGE divulgou nesta quinta-feira (11) o LSPA-2024 (Levantamento Sistemático da Produção Agrícola) do mês de março. O levantamento ornece estimativas de área plantada, área colhida, quantidade produzida e rendimento médio de produtos selecionados com base em critérios de importância econômica e social para o país.

No ranking nacional, MS é o 5º maior produtor nacional de cereais, leguminosas e oleaginosas, sendo o maior o estado de Mato Grosso, com uma produção de 84,0 milhões de toneladas.

No Brasil, a safra de cereais, leguminosas e oleaginosas deve ser de 298,3 milhões de toneladas em 2024, representando uma produção 5,4% menor do que a obtida no ano passado (315,4 milhões de toneladas), e queda de 0,8%, ou de 2,3 milhões de toneladas, na comparação com a estimativa de fevereiro deste ano.

A área a ser colhida no estado é de 6,3 milhões de hectares, declínio de 4,5% frente à área colhida em 2023, com decréscimo de 0,4% (6,6 mil hectares) em relação a fevereiro. O arroz, o milho e a soja, os três principais produtos, somados, representam 97,6% da estimativa da produção e respondem por 95,9% da área a ser colhida.

Frente a 2023, houve acréscimos de 9% na área a ser colhida do algodão herbáceo (em caroço), de 33,7% na do arroz em casca, de 5,4% na do feijão e de 3,6% na da soja, ocorrendo declínios de 11,7% na área do milho (reduções de 11,6% no milho 1ª safra e de 14,5% no milho 2ª safra), de 22,1% na do trigo e de 7,0% na do sorgo.

 Em relação à produção, houve acréscimos de 15,6% para o algodão herbáceo (em caroço) e de 40,6% para o arroz, e decréscimos de 9,8% para a soja, de 4,7% para o feijão, de 28,6% para o sorgo, de 14,6% para o milho e 38,0% para o trigo.

Colheitadeira em operação em campos de soja; produtividade foi afetada por estiagem e calor
Colheitadeira em operação em campos de soja; produtividade foi afetada por estiagem e calor

Soja cai 13,% em MS, estima Aprosoja

O acompanhamento preliminar da safra 2023/2024 apontou para uma retração de 13,89% na produção de soja, em Mato Grosso do Sul. A nova estimativa reduziu a produção para 12,923 milhões de toneladas de grãos, com produtividade de 50,5 sacas por hectare, valor que representa uma queda de 19,12% em relação à safra passada. Os números divulgados pela Aprosoja/MS nesta terça-feira (9), estão sendo levantados pela equipe técnica da Associação, que já amostrou 690 mil hectares, por meio do Siga-MS (Sistema de Informação Geográfica do Agronegócio).

Até o momento, MS colheu 93,8% da área total, equivalente a 4,001 milhões de hectares. A região sul está com a colheita mais avançada, com média de 96,5%, o centro está com 93,6% e a região norte está com 83,1% de média de área colhida. Frente ao mesmo período do ano anterior, a operação está com atraso de 1,6 ponto percentual.

O presidente da Aprosoja/MS, Jorge Michelc explicou que o cenário de queda nos indicadores da safra é resultado de um ciclo com condições climáticas adversas. “Desde o plantio, os produtores sul-mato-grossenses enfrentaram os desafios da falta de chuva e além do atraso do plantio, foi necessário replantar mais de 240 mil hectares, principalmente na região central do estado. Agora os resultados estão aparecendo no campo, com lavoura desuniformes e de baixa produtividade, impactando na capacidade de geração de receita das propriedades”, disse Michelc.

De acordo com as avaliações do SIGA-MS e histórico de safras, a colheita da oleaginosa deve encerrar na última semana de abril, período em que os dados de área, produtividade e produção também serão confirmados.

* Com informações do IBGE e da Aprosoja-MS.

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