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Meio Ambiente

Após trégua, focos de incêndio voltam a aumentar no Pantanal

Outras regiões, como uma no município de Naviraí, também têm fogo

Por Cassia Modena | 13/08/2024 07:58
No início deste mês: veículo do Exército abrindo faixa sem vegetação para conter incêndio no Pantanal de Aquidauana (Foto: Divulgação/Exército)
No início deste mês: veículo do Exército abrindo faixa sem vegetação para conter incêndio no Pantanal de Aquidauana (Foto: Divulgação/Exército)

As últimas frente fria e chuva que chegaram a Mato Grosso do Sul foram aliadas na luta contra os incêndios que atingem o Pantanal. Porém, com as temperaturas voltando a subir e a umidade relativa do ar despencando, segundo mostram as atuais medições do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), as condições voltam a ficar favoráveis ao fogo e dificultam o trabalho de combate.

Eram seis e subiram para nove os focos de incêndio que estão no radar desde a noite de ontem (12), conforme boletim divulgado pelo Corpo de Bombeiros. Desses, seis estavam localizados no bioma sul-mato-grossense, dois no bioma em Mato Grosso e um em área florestal do município de Naviraí, na divisa com o estado do Paraná.

No Estado, um deles segue afetando a região pantaneira de Miranda, próximo a Salobra. É o mesmo foco que começou após um caminhão pegar fogo em Corumbá, se estendeu até a BR-262 e obrigou o bloqueio da via, além da remoção de pessoas em perigo.

O combate também segue nas proximidades da Serra do Amolar, do Paiaguás e do Forte Coimbra. Foram identificados, ainda, focos de calor perto da região Passo da Lontra, na Estrada Parque Pantanal de Mato Grosso do Sul.

Bombeiros manejam tronco com foco de incêndio, no Pantanal de MS (Foto: Divulgação/Corpo de Bombeiros)
Bombeiros manejam tronco com foco de incêndio, no Pantanal de MS (Foto: Divulgação/Corpo de Bombeiros)

No Refúgio Ecológico Caiman, pousada e sede de importantes projetos de conservação que teve 80% da área queimada, equipes e aeronaves atuam para apagar resquícios do incêndio devastador iniciado há quase duas semanas no local.

Outra trégua - Após um junho de incêndios recordes, os maiores dos últimos 22 anos no período, segundo divulgou o Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), julho teve frente fria e pouca chuva que deram trégua aos combates, igual aconteceu na primeira semana de agosto.

Ainda assim, o fogo voltou a se alastrar e produziu imagens impressionantes, principalmente em Miranda, ao ser impulsionado por fortes rajadas de vento e altas temperaturas em pleno inverno.

Quanto e causas - Somadas as áreas atingidas pelo fogo este ano no Pantanal de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, mais de 1,5 milhão de hectares já viraram cinzas, segundo monitoramento via satélite do Lasa-URFJ (Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais do Departamento de Meteorologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro).

Combatente luta contra o fogo que chega perto da Serra do Amolar, lugar de biodiversidade protegida no Pantanal de MS (Foto: Divulgação/Corpo de Bombeiros)
Combatente luta contra o fogo que chega perto da Serra do Amolar, lugar de biodiversidade protegida no Pantanal de MS (Foto: Divulgação/Corpo de Bombeiros)

Caminhão que atolou e pegou fogo, queima de área para apicultura e para coleta de iscas, são algumas das hipóteses sobre a origem do fogo que se espalha pelo Pantanal.

Ministério Público Estadual e Polícia Federal estão envolvidos nas investigação, enquanto Polícia Militar Ambiental, Ibama (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis) e Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul realizam vistorias nos locais afetados.

O que já se sabe, é que estão descartadas causas naturais que tenham originado as brasas. Também a Lasa confirmou que não houve incidências de raios no bioma, único fator que poderia ter iniciado incêndios sem intervenção humana.

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