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Meio Ambiente

Apreensão de madeira pela PMA aumenta 34% no Estado

Viviane Oliveira | 10/11/2014 11:24
No dia 24, quatro pessoas também foram detidas e multadas por extração de aroeira e ipê sem autorização em uma fazenda que fica localizada na estrada para a Fundação Bradesco, em Miranda. (Foto: divulgação/PMA)
No dia 24, quatro pessoas também foram detidas e multadas por extração de aroeira e ipê sem autorização em uma fazenda que fica localizada na estrada para a Fundação Bradesco, em Miranda. (Foto: divulgação/PMA)
No total, foram apreendidos 37 metros cúbicos de madeiras das duas espécies e três motosserras sem documentação ambiental. (Foto: divulgação/PMA)
No total, foram apreendidos 37 metros cúbicos de madeiras das duas espécies e três motosserras sem documentação ambiental. (Foto: divulgação/PMA)

A exploração ilegal da madeira e o desmatamento são considerados um dos crimes mais graves contra a natureza e os números da polícia indicam agravamento do problema em Mato Grosso do Sul. A apreensão de lenha, madeira beneficiada e bruta aumentou 34%, de janeiro até outubro, em relação ao ano passado. Em 2013, no mesmo período, foram apreendidos 126.507 mil metros cúbicos e neste ano foram 170.262 mil m³.

As apreensões de lascas de aroeira e outros tipos de madeira, por sua vez, caíram mais de 50%. No ano passado, foram registrados a apreensão de 21.105 lascas e neste ano 9.801. Os dados são da PMA (Polícia Militar Ambiental) que aplicou de multa, de janeiro até agora, R$ 510,7 mil. Em 2013, foram R$ 379,5 mil.

O major da PMA Ednilson Paulino Queiroz afirma que não há motivos específicos para o aumento das ocorrências, mas admite preocupação. “O desmatamento das florestas preocupa muito, pois a flora é o equilíbrio da fauna, dos rios e dos recursos hídricos”, diz.

Uma portaria do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) proíbe o corte de algumas espécies de madeiras nobres, sem plano de manejo, que precisa ser aprovado pelos órgãos ambientais, como por exemplo, a aroeira. As madeiras retiradas do Estado são levadas na maioria das vezes para os grandes centros como São Paulo, Rio de Janeiro e interior de Minas Gerais.

Apreensões - As ocorrências do mês passado revelam que não há um padrão. Um pecuarista de 47 anos, que não teve o nome divulgado, foi autuado em R$ 93 mil por desmatar e explorar madeira ilegalmente em Ribas do Rio Pardo. A área explorada e desmatada mediu 84 hectares. Foram derrubadas árvores das espécies faveiro, angico, ipê para exploração da madeira sem autorização.

No dia 12, foi apreendida uma carga de madeira da espécie aroeira e quebracho transportada em uma carreta. O motorista de 41 anos estava com o DOF (Documento de Origem Florestal), irregular. A documentação serve para transportar e armazenar produto vegetal. No veículo foram apreendidos 800 lascas e 25 palanques de aroeira e quebracho. A empresa responsável pelo transporte, que fica em Sanga Puitã em Ponta Porã foi multada em R$ 7 mil. O material apreendido foi encaminhado para a Delegacia de Polícia Civil do município.

No dia 24, quatro pessoas também foram detidas e multadas por extração de aroeira e ipê sem autorização em uma fazenda que fica localizada na estrada para a Fundação Bradesco, em Miranda. No total, foram apreendidos 37 metros cúbicos de madeiras das duas espécies e três motosserras sem documentação ambiental. Todos os envolvidos foram multados em R$ 17 mil e vão responder por crime ambiental.

Geralmente as madeiras exploradas ilegalmente são transformadas em toras, em estacas, postes, palanques, vigas, costaneiras e pranchas. A pena para esse tipo de crime é de seis meses a um ano de reclusão.

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