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Meio Ambiente

Em seminário, Riedel defende "mão forte do governo" contra desmatamento ilegal

Governador elogiou resultados do agronegócio brasileiro e falou de atenção especial ao Pantanal

Cassia Modena | 21/08/2023 12:11
Governador Eduardo Riedel foi o primeiro a falar, no estúdio da Folha (Foto: Reprodução/YouTube)
Governador Eduardo Riedel foi o primeiro a falar, no estúdio da Folha (Foto: Reprodução/YouTube)

O governador Eduardo Riedel (PSDB) participou, na manhã desta segunda-feira (21), como palestrante da abertura da sexta edição do seminário Agronegócio Sustentável, realizado no estúdio da Folha de São Paulo. Primeiro a falar, ele destacou a produtividade e sustentabilidade conquistadas nos últimos 30 anos pela agropecuária no Brasil e fez previsão "extremamente positiva" para o futuro do setor.

Chefe do Executivo estadual e também empresário do agronegócio, Riedel citou reiteradamente o desmatamento ilegal como um paradoxo diante dos bons resultados e perspectivas para o agro. Defendeu que "não tem mais espaço para ilegalidade" e que isso precisa ser garantido pela "mão forte do governo".

Quanto à legislação para coibir as práticas ilegais, ele citou que o Código Florestal de 2012 é o que há a ser seguido, e que a Câmara dos Deputados e Senado devem avaliar possíveis alterações. "Se há espaço para uma revisitação disso, é uma discussão que compete ao Congresso Nacional, mas o que está posto, hoje, é isso [a legislação]", falou.

Pantanal - O governador também mencionou atenção especial ao bioma pantaneiro, cuja proteção será alvo de lei específica (Lei do Pantanal). Falou um pouco, ainda, sobre como o agronegócio está presente por lá.

Em debate, Eduardo Riedel mencionou atenção ao Pantanal (Foto: Reprodução/YouTube)
Em debate, Eduardo Riedel mencionou atenção ao Pantanal (Foto: Reprodução/YouTube)

"Participo de Estado com bioma pantanal presente, que é 27% do Estado. [Há] uma atenção muito especial àquele bioma, porque carrega uma biodiversidade muito grande, pouquíssima atividade agrícola, uma atividade pecuária de baixa produtividade, mas altamente sustentável, como o bioma permite. Assim, a gente deve ter atenção específica a esse bioma", disse Riedel.

Desmatamentos no Pantanal foram destaque em edições do programa Fantástico neste mês. Em entrevista à reportagem exibida em 13 de agosto, o governador de Mato Grosso do Sul afirmou que o governo fará estudos aprofundados sobre o bioma para que lei seja criada "sem esquecer qualquer necessidade presente e futura" para protegê-lo.

Solo sendo preparado para plantação no Pantanal de MS (Foto: Arquivo/SOS Pantanal)
Solo sendo preparado para plantação no Pantanal de MS (Foto: Arquivo/SOS Pantanal)

Carbono e tecnologia - Outros pontos tocados por Riedel foram a tecnologia e a contribuição do agronegócio para emissão negativa de carbono.

Ele citou como exemplos as florestas plantadas do setor da celulose e o investimento em diversificação da matriz energética em Mato Grosso do Sul, com contribuição da própria indústria do papel para geração, e a produção de etanol a partir do milho.

Governador de MT - O governador de Mato Grosso, Mauro Mendes (UB), também foi convidado para o seminário, mas participou por videochamada. Ele foi mais incisivo em relação aos temas, principalmente ao criticar as políticas europeias que endurecem o controle da exportação dos produtos agrícolas brasileiros.

"Questão ambiental é sempre um fantasma", disse Mendes. Quanto à Europa, ele falou que os brasileiros acabam sendo "bad boys, vilões" e que "cobram que a gente faça aqui o que eles não fizeram lá". Declarou, ainda, que a "Europa criou barreiras que desrespeitam a lei brasileira".

Soraya Thronickie - Também convidada para o seminário, a senadora de Mato Grosso do Sul pelo Podemos criticou "maniqueísmo entre meio ambiente e o agronegócio" e defendeu a "desmistificação" do agronegócio, contra "informações distorcidas" sobre suas atividades.

Em sua fala, ressaltou a necessidade de políticas de regularização fundiária beneficiarem pequenos produtores. Citou como exemplo as faltantes no Estado, como em Miranda, que incide no Pantanal.

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