Espetáculo da natureza: balé panapaná fica ainda mais lindo na Serra do Amolar

Até parece cena de cinema, magia ou visão de um sonho, mas é real e está acontecendo no Pantanal sul-mato-grossense nos últimos dez dias.

A médica-veterinária do IHP (Instituto Homem Pantaneiro), Mariana Carvalho Queiróz, registrou o balé panapaná, palavra de origem Tupi para “muitas borboletas juntas”, na RPPN (Reserva Particular do Patrimônio Natural) Fazenda Acurizal, que fica aos pés da Serra do Amolar, em Corumbá.

O vídeo mostra uma nuvem de borboletas dançando no ar. Alguns registros foram feitos, inclusive, a quase mil metros de altura, pelo sistema Pantera que faz o monitoramento da reserva.

O fenômeno é comum nesta época do ano, por conta das chuvas. A região do Alto Pantanal registrou acúmulo de 102 milímetros nos primeiros 23 dias de janeiro, segundo o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia).

Com isso ocorre a limpeza do ar, aliada à temperatura e umidade perfeita para que a população de borboletas de diferentes espécies se movimente de um lugar para outro em busca de alimento. Elas são fundamentais para o Pantanal, já que ao se alimentarem do néctar das plantas também fazem a polinização.

Outo pronto importante, segundo o biólogo Wener Hugo Moreno, que atua no IHP, nos programas Rede Amolar e Cabeceiras do Pantanal, é que a passagem da chuva se torna um ambiente ideal para a continuidade da espécie.

"Essas chuvas mais recentes servem de sinal para as borboletas iniciarem os processos de reprodução e dispersão. A disponibilidade de alimentos e a presença de poças d'água são condições favoráveis não apenas para a sobrevivência dos adultos, mas também para a colocação de ovos e o desenvolvimento das larvas", explica.

Desta forma, as borboletas estão aproveitando o cenário ideal dos últimos dias para que ocorra a metamorfose dos ovos que se transformarão em futuras borboletinhas.

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