Falta de helicóptero para soltura mantém no CRAS onça-pintada fujona
A onça-pintada que ficou conhecida em Campo Grande após fugir duas vezes do Cras (Centro de Reabilitação de Animais Silvestres) continua em uma jaula no local, apesar de já estar definido que ela vai ser solta na natureza. A demora se deve à indefinição sobre o meio de transporte que será usado para a soltura do felino, na região da bacia do Rio Paraná, de onde ela é originária.
O coordenador do Cras, Elson Borges, informou que a intenção é fazer o transporte por meio aéreo, para que a operação ocorra de forma rápida e o animal tenha um nível de estresse menor.
A onça deve ser sedada para receber um rádio-colar, por meio do qual será monitorada na natureza. De helicóptero, conforme Elson Borges, o trajeto seria feito em meia hora no máximo, enquanto de carro levaria em torno de 5h.
Ainda de acordo com o coordenador do Cras, a operação de soltura não pode ser feita no helicóptero que pertence ao Governo do Estado por causa do tamanho do aparelho. Segundo ele, haveria pouco espaço para acomodar a equipe e ainda o animal, um felino adulto já de grande porte.
A Base informou que recebeu o pedido, mas que a resposta foi de que esse tipo de autorização deve ser dada pelo comando da Aeronáutica, em Brasília.
A reportagem procurou o coordenador do Cras e ele informou que as tratativas sobre o assunto estão a cargo da Secretaria de Meio Ambiente, Planejamento, Ciência e Tecnologia.
A onça continua no Cras, em uma jaula que recebeu reforço para acomodá-la. É a única da espécie entre as 10 onças que existem no local. Todas as outras são pardas.