MPMS abre investigação para apurar omissão de órgãos no turvamento de rios
Imasul terá 15 dias para responder como trabalhou na fiscalização da supressão vegetal nativa em Bonito
O promotor de Justiça Alexandre Estuqui Junior abriu inquérito civil para verificar se houve omissão dos órgãos ambientais em relação ao turvamento dos rios cristalinos de Bonito e região da Serra da Bodoquena.
Conforme documento da 2ª Promotoria de Justiça de Bonito, os questionamentos foram feitos ao IMASUL (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul). O órgão terá que responder se autorizou ou não a supressão vegetal nativa, bem como se há falta licenciamento para plantio de monocultura.
Os dados serão confrontados com os estudos realizados pela UFMS (Universidade de Mato Grosso do Sul), o IPÊ (Instituto de Pesquisas Ecológicas), a Embrapa Pantanal e a UCL (University College de Londres) na região.
O NUGEO (Núcleo de Geotecnologias) do MPMS (Ministério Público do Estado) também terá que realizar um estudo sobre o avanço do desmatamento e da monocultura nas bacias dos rios cênicos da região da Serra da Bodoquena.
O Imasul terá 15 dias para apresentar todas as respostas solicitadas pelo promotor para comprovar que realizou o trabalho de fiscalização e autorização do desmatamento.
Em nota, o diretor presidente do Imasul, André Borges, informou que o órgão aguarda conhecer o inteiro teor da denúncia. "Ademais, conforme o próprio site do MP/MS, o inquérito está sob sigilo, portanto não caberia ao Imasul fazer qualquer comentário a respeito".
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**** Notícia alterada às 15h04 do dia 24/07 para acréscimo de informação.