MS quer recuperar rio Taquari com recursos que Temer vai anunciar
Presidente está em Mato Grosso do Sul neste sábado e vai anunciar Refis para multas ambientais
O governo de Mato Grosso do Sul já tem destino certo para os recursos que podem vir da medida a ser anunciada pelo presidente Michel Temer durante agenda neste sábado no município de Miranda, a 201 quilômetros de Campo Grande. A ideia é retomar o projeto de recuperação do Rio Taquari, no Pantanal, que há décadas sofre com a degradação e o assoreamento.
A previsão, segundo confirmou o secretário Jaime Verruck, da Semagro (Secretaria Estadual de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar), é que o presidente anuncie uma espécie de Refis para garantir o recebimento de pelo menos R$ 4 bilhões de um total de R$ 12 bilhões em créditos de multas ambientais. Mato Grosso do Sul, conforme Verruck, vai ter assegurada uma parte, ainda não estimada, desses valores, e a pretensão é de tirar da gaveta projetos de recuperação do rio Taquari, um dos mais emblemáticos do Estado.
Verruck faz parte da comitiva que aguarda a chegada de Michel Temer no Refúgio Ecológico Caiman, que pertence ao empresário Roberto Klabin. Temer, acompanhado do ministro interino Marcelo Cruz, já desembarcou na Base Aérea de Campo Grande e seguiu de helicóptero para Miranda. Um segundo aparelho acompanha a comitiva. O governador Reinaldo Azambuja (PSDB) já está na cidade pantaneira.
Programação - A agenda divulgada pelo Planalto previa que, ao meio-dia, o presidente participasse da Cerimônia de Encerramento do II Encontro Carta Caiman, um protocolo prevendo ações para o Pantanal em Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.
Ainda conforme a divulgação da Presidência, às 13 horas o presidente almoça e às 15h30 volta para Brasília. A assessoria de comunicação da presidência havia dito que, antes de deixar o Estado, Temer poderia conceder entrevista à imprensa.
Em outubro de 2016, o Pantanal “passou a ser único” para as duas administrações estaduais com a criação de grupo de trabalho para discutir ações integradas para preservar o bioma e promover o desenvolvimento econômico e social na região na planície.
O documento, chamado de Carta Caiman e assinado pelos governadores Reinaldo Azambuja (PSDB) e Pedro Taques (PDT), previa prazo de 12 meses para o planejamento das medidas.