Na análise de 31 dias, qualidade do ar em Campo Grande foi boa em apenas 5
Com mais fumaça que chegou ontem, outubro dá continuidade à qualidade do ar predominamente ruim de setembro
Nuvens e mais nuvens cinzas de fumaça voltaram ontem (2) com tudo a Campo Grande. A chegada foi entre 17h e 18h, segundo monitorou a Estação de Qualidade do Ar da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul). Quem havia visto céu mais limpo horas antes, assustou-se.
Já no fim da noite, por volta das 23h, a qualidade do ar na Capital caiu para o nível "muito ruim". Antes da fumaça encobrir, era "moderada". No mês passado, o pior índice se repetiu várias vezes. A estação da universidade constatou que setembro foi o mês com o ar mais impróprio para respirar em Campo Grande desde que seu monitoramento começou, em 2021.
Coordenador da estação, o professor Widinei Alves afirmou hoje (3) que, nos últimos 31 dias, a Capital só teve ar na qualidade "boa" em três dias. É uma temporada difícil de respirar.
A fumaça que chegou a Campo Grande ontem veio das queimadas da Bolívia e de Mato Grosso, segundo análise da estação.
Efeitos e recomendações - Quando a qualidade do ar está "muito ruim", como hoje, a estação prevê que:
"Toda a população pode apresentar agravamento dos sintomas como tosse seca, cansaço, ardor nos olhos, nariz e garganta e ainda falta de ar e respiração ofegante. Efeitos ainda mais graves à saúde de grupos sensíveis (crianças, idosos e pessoas com doenças respiratórias e cardíacas)".
As principais orientações são usar máscara, umidificar ambientes, fazer inalação e evitar fazer atividades físicas ao ar livre.