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Meio Ambiente

Pela 1ª vez, onça-pintada com monitoramento posa para foto

Onça "Guató" começou a ser monitorada no ano passado em estudo sobre felinos na Serra do Amolar

Gabrielle Tavares | 16/08/2022 15:36
Registro feito da onça-pintada com colar de monitoramento. (Foto: Divulgação/IHP)
Registro feito da onça-pintada com colar de monitoramento. (Foto: Divulgação/IHP)

Uma onça-pintada monitorada pelo programa Felinos Pantaneiros, do IHP (Instituto Homem Pantaneiro), na região da Serra do Amolar, resolveu dar as caras pela primeira vez desde que começou a ser acompanhada pelos pesquisadores, em dezembro de 2021. Ele foi o primeiro de sua espécie a posar para os cliques com o colar de monitoramento.

O registro de Guató, como foi batizado o macho, foi feito na mesma região onde ele foi capturado no ano passado. A onça pesa cerca de 100 quilos e é considerada um jovem adulto, com idade entre três e quatro anos.

“Conseguimos ver que ele está bem forte e cresceu bastante desde quando fizemos a captura. Isso comprova que o trabalho de monitoramento não interfere na qualidade de vida do animal e ainda contribui para a ampliação do conhecimento da ciência sobre as espécies”, explicou o médico-veterinário, Diego Viana.

Através das imagens, os pesquisadores também puderam constatar que Guató pode já estar iniciando uma família. Logo depois que ele é flagrado pela câmera, uma onça-pintada fêmea passa pelo mesmo local.

“O mapa de movimentação mostra que o animal tem tido hábitos compatíveis com a idade dele. Isso para nós é gratificante. É uma prova de que o monitoramento tem dado certo e não tem alterado os hábitos do Guató. Além disso, o monitoramento vai permitir que a gente encontre respostas que, até hoje, são desconhecidas pela ciência”, afirma o presidente do IHP, coronel Ângelo Rabelo.

O Guató é a primeira onça-pintada capturada para instalação do rádio-colar na Serra do Amolar pelo IHP. Na região, porém, já mora Joujou, que também é monitorada via GPS pelo Instituto. Joujou foi uma das vítimas dos incêndios de 2020 e recebeu o colar após o tratamento ser encerrado.

Pesquisadores do IHP durante a implantação do colar no animal, em 2021. (Foto: IHP)
Pesquisadores do IHP durante a implantação do colar no animal, em 2021. (Foto: IHP)

A região da da Serra do Amolar foi escolhida para o monitoramento por ter sido uma das mais afetadas pelos incêndios em 2020. A expectativa é que a pesquisa revele resultados fundamentais para garantir a conservação das onças-pintadas.

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