Satélites identificam origem de fogo no Pantanal e fazendeiro é penalizado
Acordo foi assinado e prevê que proprietário faça Plano de Ação Contra Incêndio para 2023
Proprietário da Fazenda Cordilheira, no Pantanal de Corumbá, foi penalizado pelo Ministério Público de Mato Grosso do Sul porque o fogo, iniciado lá, alastrou-se por outras 12 propriedades e ainda no Parque Estadual do Pantanal do Rio Negro. O fogo começou em 20 de maio e se estendeu até 13 de julho.
Acordo firmado prevê que Antônio Fanceli apresente “Plano de Ação Contra Incêndio referente ao imóvel rural 'Fazenda Cordilheira' para o ano 2023” e que também autorize seus funcionários a “participarem, quando convocados, do Curso de Ações de Prevenção Contra Incêndio, a ser ministrado pelo 3º Grupamento dos Bombeiros Militar de Corumbá/MS”.
Conforme laudo técnico do programa Pantanal em Alerta, do MPMS, feito por satélite, “entre os dias 25 e 30 de maio de 2022, o incêndio alastrou-se de maneira exponencial, atingindo 23.500 hectares, os quais abrangeram outros imóveis rurais da região, bem como o Parque Estadual do Pantanal do Rio Negro”. No que diz respeito à Fazenda Cordilheira, a área afetada corresponde a 4.200 hectares atingidos.
O fazendeiro também se comprometeu a não realizar qualquer tipo de atividade poluidora sem autorização dos órgãos ambientais, entre elas, incêndios controlados. Para acompanhar o cumprimento do Termo de Acordo, o MPMS abriu novo procedimento. O proprietário, caso descumpra qualquer cláusula do acordo, pode ser punido com multa que varia de R$ 250,00 a R$ 500,00 por dia de descumprimento.