Vizinho a danos ambientais, Rio Verde leva lama para leito do Rio do Prata
“O rio tem estado de conservação bem crítico e merece olhar atento”, diz biólogo
Trazendo as marcas do caminho por onde cruza passivos ambientais, o Rio Verde suja de lama o Rio da Prata, que segue viagem até desaguar no Rio Miranda. A parte “primo pobre” acontece distante dos atrativos que levam turistas ao rio de águas cristalinas, mas o problema, que se já se tornou crônico, é fator de preocupação sobre o destino do Prata.
“É um problema crônico. O Rio Verde tem suas áreas de nascente com passivos ambientais. Mau uso do solo, falta de mata ciliar. O que vem contribuindo negativamente para o Rio da Prata”, afirma o biólogo Sérgio Barreto, do IHP (Instituto Homem Pantaneiro).
O Rio Verde corre amarronzado pela grande quantidade de sedimentos e tinge o Prata. Os corpos hídrico se encontram em Jardim.
“O Verde tem estado de conservação bem crítico e ele merece um olhar atento. São necessárias ações emergenciais para a recuperação desse rio. Primeiro, a gente precisa estancar esses problemas e o segundo passo é recuperar as áreas. Para impedir que todo esse sedimento chegue ao Rio da Prata e, posteriormente, ao Rio Miranda”, diz o biólogo.
Neste 2024, o Prata voltou tristemente ao noticiário seis anos depois de ter sido tingido pela lama. O “rio vermelho” foi em 2018, quando a falta de curva de nível em fazendas, somado à chuva forte, levou terra para o leito, comprometendo os atrativos turísticos.
Em julho deste ano, foram seis quilômetros de rio seco, sendo três quilômetros acima da Ponte do Curê (MS-177, em Jardim) e outros três abaixo.
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