"Por enquanto não há como dar reajuste a servidores", reafirma prefeito
Funcionários públicos estão há quase dois anos sem aumento
Por enquanto, os servidores municipais não terão reajuste salarial, reafirmou o prefeito de Campo Grande, Marquinhos Trad (PSD), nesta quinta-feira (23), durante a reabertura da UPA (Unidade de Pronto Atendimento) da Vila Almeida, fechada há um mês. O chefe do Executivo Municipal explicou que a situação financeira do município o impede de dar qualquer aumento, mas disse que mantém o diálogo com os funcionários públicos.
“Estamos conversando. Por enquanto, não há como dar reajuste. Se não tiver condição de dar aumento, não vamos dar”. Marquinhos disse que, até agora, pagou apenas contas deixadas pela gestão municipal passada.
Durante a prestação de contas da prefeitura à Câmara Municipal, na quarta-feira (22), o secretário de Finanças, Pedro Pedrossian Neto anunciou o planejamento do corte de R$ 215 milhões que estavam destinados a investimentos em 2017. Tudo para evitar que as contas do município fiquem no vermelho, além de não deixar fornecedores e servidores sem pagamento.
De acordo com dados apresentados, em 2013 as despesas com pessoal foi equivalente a 54% do total, sendo que em 2016 saltou para 69%.
Na Justiça – Além da discussão salarial deste ano, parte da questão está na Justiça. A prefeitura, na gestão passada, entrou com uma ação contra a Câmara, que aprovou reajuste de 9,57%. O argumento é que inconstitucional, enquanto o Legislativo Municipal diz que os servidores já estão quase dois anos sem aumento.
A ação foi aceita pela Justiça, ou seja, desobrigou o município a dar o reajuste, mas a casa de leis promete recorrer. Anteriormente, Marquinhos disse que é o Poder Judiciário que manda, mas que não tem condição de elevar a remuneração.