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Política

“A solução é dinheiro”, disse presidente da Famasul para fim de conflito

Marcelo Bertoni disse que não tem outro caminho para paz, além do pagamento das terras dos produtores

Por Gabriela Couto | 28/08/2024 20:11
Presidente da Famasul, Marcelo Bertoni, durante fala no STF nesta quarta-feira (28) (Foto: Reprodução/Zomm)
Presidente da Famasul, Marcelo Bertoni, durante fala no STF nesta quarta-feira (28) (Foto: Reprodução/Zomm)

Bastante emocionado ao falar das dificuldades da classe que representa, o presidente da Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul), Marcelo Bartoni, destacou a tentativa de conciliação do STF (Supremo Tribunal Federal) para por fim aos conflitos de terras entre indígenas e produtores rurais por conta do marco temporal.

“Eu acho louvável a iniciativa. Ninguém aqui está para defender o que está errado. Os estudos antropológicos a maioria está errado. Quando acontece nas áreas, logo depois e invadida. São duas vítimas. Mas vê nos casos de demarcação, como lá no meu estado, se a terra vai resolver o problema dos índios (sic)”, afirmou.

Para ele o único caminho para o fim do confronto é o pagamento das terras, que hoje, já soma 9 milhões de hectares. “Uma solução talvez, fácil ou difícil. A solução é dinheiro”. Ele lamentou os casos de descumprimento de reintegração de posse nas áreas com indígenas e pediu para que aja um critério para a compra das terras, no intuito de evitar novos conflitos.

“Resolva o todo da área, não adianta resolver metade. Que se use um critério, porque se não tiver critério, vão criar um caos no Brasil inteiro. É um problema muito maior do que pensamos. Com os novos estudos são pedidos de demarcação nos 27 estados”.

Quanto ao pedido de ressarcimento da terra desmatada apresentando por um indígena na mesa, o presidente da Famasul discordou. Bertoni disse que haverá prejuízos para pagar indenização, além disso, recomendou que o mesmo critério usado para pagamento de terras com trocas por outras áreas para o ‘branco’, seja utilizado para o ‘índio’.

“Trago os anseios e a dor desses produtores que não podem ter a reintegração de posse cumprida. Tinha três propriedades invadidas, hoje tenho sete. E preciso que eles [produtores] consigam iniciar o plantio [nessas áreas] dia 15 de setembro”, destacou.

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