Apesar de novo partido na jogada, Simone Tebet manterá pré-campanha até junho
Federação partidária entre MDB, PSDB e agora União Brasil segue em articulação para candidatura única
Qual será o nome do caminho do meio? Na corrida eleitoral pela Presidência da República, os partidos que tentam criar uma terceira via acrescentaram mais um poderoso e rico ingrediente: União Brasil.
Ontem (16), os presidentes nacionais dos partidos PSDB, MDB e União Brasil confirmaram o início das conversas para uma federação entre eles. Mais uma vez, a senadora e pré-candidata ao Palácio da Alvorada, Simone Tebet (MDB) é colocada a prova.
Após a decisão ela não quis comentar o assunto. Procurada pela reportagem do Campo Grande News, a orientação foi falar com a assessoria de imprensa do presidente nacional emedebista, Baleia Rossi.
Oficialmente, as siglas não retiraram os nomes dos seus corredores presidenciáveis. O que afirmam é conversar para chegar a um consenso. "PSDB-Joao Doria, MDB-Simone Tebet e UB-Luciano Bivar colocam legitimamente suas alternativas. Ninguém está retirando suas escolhas e sim dando equilíbrio nas discussões que podem levar a uma construção coletiva", afirmou o presidente nacional do PSDB, Bruno Araújo.
Na prática, os partidos afirmam que não muda nada. Simone Tebet continua a pré-campanha até junho deste ano. Data do prazo máximo para confirmar a candidatura. Nesse processo de maturação e convencimento do eleitorado brasileiro ela precisa crescer nas pesquisas. Mesma situação do obstinado governador de São Paulo, o tucano João Doria.
Já União Brasil trabalha para lançar um nome expressivo, ainda não filiado no partido. O presidente Luciano Bivar, continua as tratativas para convencer o ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro (Podemos) a entrar na sigla.
O que pesa na federação é a sintonia dos partidos nos Estados. Nas regionais é mais aceitável uma junção de MDB com União Brasil, do que MDB com PSDB. Ainda pode entrar o Cidadania nessa construção.
Em comum, todos eles querem ao menos um nome competitivo na terceira vida. Vencer a polarização entre os pré-candidatos do PT, Luiz Inácio Lula da Silva e do PL, Jair Messias Bolsonaro, requer que alguma das partes ceda.