Assembleia só discute indicação ao TCE após abrir vagas, diz Mochi
Deputado diz que próximas vagas são do governo e depois Assembleia
O presidente da Assembleia, Junior Mochi (MDB), ponderou que somente depois da abertura de vagas no TCE (Tribunal de Contas Estadual) para os cargos de conselheiros, é que o assunto entrará em pauta no legislativo estadual, lembrando que a próxima indicação é do governo estadual.
'Não existe nenhuma vaga aberta, se por acaso surgir tem uma que será do governo e depois da Assembleia, restando aos deputados avaliar os nomes que se interessam pela vaga, antes disto não há como fazer qualquer previsão", disse o peemedebista.
Mochi citou que os conselheiros José Ricardo Cabral e Marisa Serrano já estariam aptos para se aposentar, mas que se trata de uma decisão pessoal deles. "Podem ficar até 75 anos, e não tenho a informação concreta que vão se aposentar. A vaga do José Cabral deve ser indicada pelo governo e da Marisa ficaria com a Assembleia", explicou.
Questionado se estaria cotado para uma das vagas, Mochi desconversou e disse que não se pode "antecipar" uma discussão futura. "Não posso dizer agora, além disto não conversei com o governador sobre o tema, até porque as vagas ainda não foram abertas".
O deputado Flávio Kayatt (PSDB) garante que é o "primeiro da fila" e que tem a "palavra do governador", que será o próximo escolhido para o Tribunal de Contas. "Já existiu esta conversa e o compromisso é que serei indicado na próxima vaga, estou aguardando a possibilidade", disse o tucano.
Outro cotado para as vagas é o secretário estadual de Fazenda, Márcio Monteiro. Questionado sobre o assunto no começo da semana, o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) disse que só vai tratar sobre o caso, quando a vaga efetivamente for aberta, não indicando nomes antes do tempo.
Impasse - Em dezembro de 2014, o então governador André Puccinelli (PMDB) indicou o nome do ex-deputado Anônio Carlos Arroyo, para assumir a vaga de conselheiro, no lugar de José Ricardo Cabral. No entanto a direção do TC, anulou a aposentadoria do conselheiro, alegando que houve irregularidades durante este processo, já que o mesmo teria assinado a sua saída.
A questão foi parar na Jutsiça, que deu aval a favor do Tribunal de Contas, mantendo a anulada a nomeação de Arroyo. Depois do impasse, o próprio José Ricardo Cabral desistiu de se aposentar e continuou exercendo a função.