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Política

Bolsonaro elogia Mandetta e Wagner Rosário, ministros anunciados hoje

Débora Brito, da Agência Brasil | 20/11/2018 22:29
Jair Bolsonaro durante o pronunciamento nesta terça-feira. (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)
Jair Bolsonaro durante o pronunciamento nesta terça-feira. (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)

No dia em que confirmou os nomes de mais dois ministros do futuro governo, o presidente eleito Jair Bolsonaro destacou as qualidades de Luiz Henrique Mandetta (DEM-MS), que vai assumir o Ministério da Saúde, e Wagner Rosário, mantido para na Controladoria Geral da União (CGU). Segundo ele, Mandetta não foi uma escolha do partido, mas da bancada da saúde na Câmara e tem a chancela da Associação das Casas de Saúde, além de entidades médicas: “eu acolhi a indicação dessas entidades que querem uma saúde realmente diferente”.

Investigado por suposta fraude em licitação, tráfico de influência e caixa dois durante sua gestão como secretário de Saúde em Campo Grande (MS), Mandetta negou hoje as irregularidades. Bolsonaro acrescentou que o processo não avançou. Segundo ele, se confirmada alguma irregularidade, o ministro não será mantido no cargo.

“Tem uma acusação que pesa contra ele de 2009, se não me engano. Não deu nenhum passo esse processo ainda, [ele] não é réu ainda. O que está acertado entre nós? Qualquer denúncia, acusação que seja robusta não fará parte do nosso governo”, disse o presidente eleito durante vista ao Tribunal de Contas da União (TCU).

Sobre a manutenção de Wagner Rosário na CGU, Bolsonaro disse que, além de contar com o apoio do setor, pesou na escolha a autoridade dele para conversar com diferentes setores da sociedade. Em relação às demais escolhas de nomes, o presidente eleito disse que está ouvindo as bancadas partidárias. Porém, com Mandetta, o Democratas passa a ter três ministérios – Saúde, Casa Civil, ocupado por Onyx Lorenzoni, e Agricultura, com Tereza Cristina.

Militares cubanos
O presidente eleito reiterou as críticas à forma de contratação dos profissionais cubanos para o Programa Mais Médicos. Ele disse que seu ponto de vista é o mesmo desde 2013 quando, ainda no governo Dilma Rousseff, foi encaminhada a medida provisória (MP) que criava o programa.

“Desde há 5 anos quando a MP do Mais Médicos chegou na Câmara eu vinha criticando o fato de não poder trazer a família pra cá. Isso é desumano, a questão do salário e a questão também de não ter uma comprovação mínima que seja se são médicos ou não. Isso vai ser normalizado. Agora, os primeiros que saíram dos 200, no meu entendimento, são militares e agentes cubanos que estavam aqui dentro.”

Convite da China
Na semana passada, a Embaixada da China, em nome do Partido Comunista chinês, enviou uma carta-convite para os parlamentares eleitos pelo PSL na Câmara. O convite é para uma visita ao país com despesas pagas, incluindo passagens, alimentação e hospedagem.

Questionado sobre o convite, o presidente eleito afirmou que a decisão caberá ao presidente da legenda, Luciano Bivar. “São 46 deputados novos, não tem passaporte. São pobres, muitos deles, não tem como se deslocar de lá pra cá. Isso está a cargo do presidente do partido, Luciano Bivar, decidir se o pessoal vai à China ou não.”

Visita ao TCU
No TCU, Bolsonaro foi recebido pelo presidente do tribunal, Raimundo Carreiro, além de ministros e procuradores da instituição. Durante o encontro, Bolsonaro recebeu o documento TCU e o Desenvolvimento Nacional- Contribuições para a Administração Pública. Depois da reunião, ele disse que espera que o tribunal se antecipe a problemas.

“O TCU é o órgão que julga as contas do presidente, que fiscaliza, mas é muito importante também eles terem a capacidade e a boa vontade também de se antecipar a problemas. Então qualquer coisa um pouco complicada, seja uma licitação ou o que for, poderão mandar técnicos e eles estarão abertos para que esse processo licitatório seja bem conduzido.”

Matéria alterada às 18h37 para acréscimo de informações

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