Câmara da Capital terá duas mulheres em lados opostos em 2025

Apenas duas mulheres estão na lista dos 29 vereadores eleitos para mandato de 2025 a 2028 em Campo Grande. Foi reeleita Luiza Ribeiro (PT) com 4.982 votos e entrará Ana Portela (PL) com 4.577 votos. Para a petista os “pensamentos opostos” não são um problema, pois o mais importante é a representatividade feminina aumentar cada vez mais.

A Casa de Leis sempre tem uma ou duas mulheres. Foram 18 empossadas em 119 anos, desde 1905. Os tempos áureos da participação das mulheres foram entre 2009 e 2012, quando quatro atuaram ao mesmo tempo entre os homens: as advogadas Grazielle Salgado Machado Nishina e Thaís Helena Vieira Rosa Gomes, a empresária Magali Marlon Picarelli e a professora Rose Modesto, atual candidata à prefeitura.

Luiza está na Câmara pela segunda vez. Ela retornou há um ano e meio, quando ocupou a vaga que inicialmente era de Camila Jara (PT), eleita deputada federal em 2022.

Novidade - Ana disse que está muito grata, principalmente pelo apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL); do pai dela, o presidente do PL MS, Aparecido Portela, o "Tenente Portela"; e da população.

"Vejo de perto que política se faz para as pessoas e foi o que fizemos, uma campanha limpa, sem ataques a ninguém. Meu foco, como presidente do PL Mulher, sempre foi lutar para aumentar as mulheres na política, esse foi o recado da Michele Bolsonaro e tentei lutar por isso, mas a campanha é isso. Só cheguei aqui graças a elas, a gente é um time”, disse Ana, ao destacar o apoio e a importância dos colegas do partido eleitos, Rafael Tavares e André Salineiro, além dos demais que concorreram.

Reeleita - Luiza também comemorou o resultado das urnas como uma resposta da população em relação ao trabalho que vem realizando.

“Acho que é uma votação expressiva e mostra que o nosso mandato atingiu muitas pessoas, foram discussões pertinentes e adequadas que impactaram a vida das pessoas. Isso significa que as pessoas aprovaram minha conduta como crítica à gestão da prefeita Adriane Lopes (PP)”, comentou.

Sobre a representação na câmara, que dobra com a entrada de Ana Portela, Luiza considera um avanço, porém ainda pequeno.

“Não tem problema nenhum, que ela [Ana Portela] seja uma pessoa com pensamento oposto ao meu. O que precisar do meu apoio ela vai ter. Eu aplaudo que ela tenha sido eleita. Ela mais é centro direita e eu esquerda, mas a presença dela é muito importante para a Câmara. Vou ligar para ela amanhã cedo e dizer que no que puder ajudar estarei à disposição, porque isso significa fortalecer a mulher”, comentou Luiza.

Suplentes - Entre as mulheres votadas ficaram como suplentes Edilaine Mansueto, a “Subtenente Edilaine” (PSD) com 2.347 votos; Madalena, a “Professora Madalena” (PCdoB) com 2.213 votos Sirlei Ratier, a “Dra. Sirlei Ratier” (PP) com 2.155 votos; Bethania, a “Sargento Betânia” (PP) com 2.122 votos; Angélica Fontanari (PP) com 2.080 votos; Cassy Monteiro (PL) com 2.012 votos; Ladi Souza (PT) com 1.942 votos; Grazielle Machado (PSDB) 1.887 votos; Vivi Tobias (PL) com 1.711 votos; Giselle Marques (PT) com 1.709 votos; Neide Rodrigues (PT) com 1.631 votos; Alessandra Alencar (PSDB) com 1630 votos; Professora Rose Farias (PSB) com 1.464 votos; Gisele Bacanelli (União Brasil); Laura da Fiel Amigo (PSDB) com 1.322 votos; Glaucia Iunes (PDT) com 1.295 votos; Dharleng Campos (MDB) com 1.278 votos; Lindaura do Rouxinóis (PSDB) com 1.188; Dheinifer Martins (Cidadania) com 1.164 votos; Priscilla Queiroz (Podemos) com 1.073 votos; Michela Dutra (União) com 1.031 votos; Professora Elza Fernandes (União) com 1.011 votos, entre outras que fizeram menor quantidade de votos.

Clique aqui para conferir a lista completa de eleitos e suplentes.

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