Câmara decide criar CPI para investigar aumento nas tarifas de energia
Ideia surgiu após reunião na Câmara Municipal entre representantes da Energisa e consumidores que reclamaram dos preços abusivos
O vereador Valdir Gomes (PP), comunicou, no final da reunião entre a Energisa – concessionária de energia - e consumidores, que ocorreu na Câmara Municipal na manhã desta sexta-feira (25), que a Casa de Leis vai criar uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito), para investigar o aumento nas tarifas de energia. O tema, motivado por diversas reclamações, foi discutido durante a reunião.
A promessa, afirmou, é que a CPI seja a primeira atividade parlamentar dos vereadores no ano de 2019. Valdir Gomes, que provocou a reunião desta sexta, declarou que “não vai aceitar a soberania da Energisa”.
Segundo o parlamentar, Ministério Público Estadual, OAB-MS (Ordem dos Advogados do Brasil Seccional Mato Grosso do Sul), Defensoria Pública e Procon (Superintendência para Orientação e Defesa do Consumidor) municipal e estadual devem auxiliar os trabalhos da Comissão.
Superintendente do Procon estadual, Marcelo Salomão pediu, nesta sexta-feiram que a concessionária de energia Energisa suspenda cortes no serviço. Ele pede que o serviço não seja suspenso ainda que os pagamentos das faturas de dezembro e janeiro – alvo das reclamações – não tenham sido pagas. Ele pede que a empresa não suspenda a energia das casas até que o impasse seja resolvido.
O Procon recebeu em dois dias cerca de 300 reclamações sobre aumento na conta de energia. O número, segundo ele, representa mais de 40%. Uma das reclamações que exemplificam o aumento considerável na fatura é de um consumidor de uma propriedade rural, onde a fatura passou de R$ 600, segundo o morador, para R$ 16 mil.
Representante da Energisa durante a reunião, o coordenador comercial Jonas Ortiz Rudis usou a tribuna para afirmar que não há possibilidade de que a empresa suspenda os cortes de energia nem a taxa de religação – outro pedido manifestado durante a reunião -. O coordenador finalizou que a empresa “ continuará analisando as reclamações”.