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Política

Chefe do MPE põe promotores da força-tarefa para analisar Coffee Break

Michel Faustino | 15/12/2015 17:24
O promotor Tiago Di Giulio Freire (esquerda) foi um dos recrutados por Humberto Brittes (direita), chefe do MPE. (Foto: Fernando Antunes/Arquivo)
O promotor Tiago Di Giulio Freire (esquerda) foi um dos recrutados por Humberto Brittes (direita), chefe do MPE. (Foto: Fernando Antunes/Arquivo)

O procurador-geral de Justiça, Humberto de Matos Brittes, designou os promotores ThalysFranklyn de Souza e Tiago DiGiulio Freire, que atuam na força-tarefa do MPE (Ministério Público Estadual), para auxiliarem na analise do relatório final da CoffeeBreak, que apontou envolvimento de dois ex-prefeitos, de empresários e de 13 vereadores na suposta compra de votos para cassar o mandato de Alcides Bernal. O Campo Grande News apurou que o objetivo é acelerar o processo de analise e evitar que o processo se arraste por muito tempo.

Os dois promotores foram designados para atuarem durante o feriado forense, que começa no dia 20 de dezembro e vai ate o dia 06 de janeiro de 2016, e devem auxiliar nos trabalhos da comissão especial composta pelos promotores: Ricardo Mello, Cristiane Mourão, Paulo Zeni e Fábio Goldfinger, conforme portaria publicada no Diário Oficial do MPE, no dia 03 de dezembro.

Thalys Franklyn de Souza e Tiago Di Giulio Freire devem desempenhar papel estratégico junto a comissão, tendo em vista que junto com outros cinco promotores trabalharam a fundo nos relatórios da Operação Lama Asfaltica, deflagrada pela PF (Polícia Federal), MPF-MS (Ministério Público Federal em Mato Grosso do Sul), Receita Federal e CGU (Controladoria-Geral da União), que acabou dando suporte nas denúncias da operação Coffee Break, do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado). Empresários e vereadores foram flagrados nas escutas da PF supostamente negociando a cassação de Alcides Bernal em troca de benefícios financeiros e ou vantagens.

O processo de 4,8 mil páginas distribuídas em 24 volumes deu entrada na PGJ na última segunda-feira, dia 07 de dezembro, e oficialmente o órgão tem 15 dias para se manifestar. No entanto, na quarta-feira (09), o chefe do MPE, Humberto Brites, responsável por decidir os rumos da denúncia, entrou de férias por dez dias e não deve retornar antes do feriado forense.

Caso haja conclusão da analise antes da volta de Brites, os procuradores Mara Cristiane Bravo Crisóstomo, Paulo César Passos e João Albino Cardozo Filho foram designados para dar um parecer e decidir se levam a denúncia à Justiça.

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