Conselho da OAB ainda discute caso Júlio Cesar e pode votar proposicões
A maioria dos 32 conselheiros da seccional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-MS) que se manifestaram no período da manhã consideraram insatisfatórias as explicações do presidente da entidade, Júlio Cesar, a respeito das tratativas com o prefeito Alcides Bernal (PP) para contratação de serviços advocatícios para elevar o índice de ICMS de Campo Grande. Essa pelo menos é a opinião de Jully Eyder, secretário geral adjunto da OAB-MS.
Depois de um intervalo para almoço, a reunião do Conselho Estadual da OAB-MS foi retomada há pouco, às 15h30. “E não tem hora para terminar, vai até exaurir o assunto”, observou Jully, que também participa do evento.
Após os debates, alguns conselheiros devem levantar proposições que vão ser votadas pelo Conselho Estadual da OAB-MS. Indagado sobre quais propostas podem surgir, Jully Eyder respondeu: “O grande eixo das discussões foi a necessidade do presidente prestar esclarecimento para o Conselho dele, ao qual ele acha que não deve prestar, considerando que só deve explicações com documentos para o Conselho Federal”.
Na opinião de Jully Eyder, porém, e da maioria dos integrantes da diretoria da OAB-MS e ex-presidentes da entidade, Júlio Cesar deve sim explicações internamente e ao Conselho Estadual. “Temos de apurar o fato internamente, embora sem caráter disciplinar”, defendeu o dirigente.
Discurso sem documento – O presidente da OAB-MS, Júlio Cesar, explicou esta manhã, durante a reunião do Conselho Estadual, como foram as tratativas para firmar contrato com a Prefeitura de Campo Grande. Disse que foi procurado e que as conversas começaram no mês de maio. Falou do objeto da contratação que é a elevação do índice do ICMS para o município de Campo Grande e passou a justificar a sua capacidade jurídica de prestar o serviço.
Em seguida, alguns conselheiros defenderam a postura de Júlio Cesar e criticaram os outros dirigentes e ex-presidentes da OAB que que fizeram uma carta cobrando explicações ao presidente sobre o contrato com Bernal. A maioria, porém, considerou insuficiente a explicação de Júlio Cesar. “Ele tem de avançar para algo mais material”, defendeu Jully Eyder. “Cadê o processo, justificativa, minuta do contrato?”, questionou.