CPI do Cimi aprova condução coercitiva de advogado que faltou em depoimento
Foi aprovada pela CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) do Cimi (Conselho Missionário Indigenista) a condução coercitiva do advogado Luiz Henrique Eloy para prestar à comissão montada pela Assembleia Legislativa. Com liminar que o concedia direito de não se pronunciar em depoimento marcado para hoje (9), Eloy não foi à reunião
De acordo com a presidente da CPI, a deputada estadual Mara Caseiro (PSDB), a condução coercitiva foi aprovada pois a decisão do TJ-MS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) apenas garantia a ele o direito ao silêncio na oitiva e não o direito de não comparecer à reunião. Outros três indígenas convocados não foram encontrados.
Em carta enviada à CPI, Eloy informou que havia conflito de interesses em seu depoimento, já que ele atua como advogado do Cimi desde 2012 e a oitiva poderia violar o sigilo profissional ao divulgar informações confidenciais do cliente.
Incitação - A CPI apura se o Cimi incita as invasões de propriedades rurais em Mato Grosso do Sul, suspeita confirmada pelo único ouvido hoje, o indígena Rubson Ferreira de Oliveira. Ele pediu para se pronunciar e apresentou um aúdio com o ex-vereador de Aquidauana, Percedino Rodrigues, sobre a compra de armas do Paraguai para entregar aos indígenas.
Rubson é da etnia Terena e que reside na Aldeia Bananal, em Aquidauana - município localizado a 135 km de Campo Grande -, e também acusou o Cimi de, além de incentivar, planejar e financiar as ocupações de terras em Mato Grosso do Sul. Armas, alimentação, carros, lonas e caminhões para transportes também são cedidos para apoio às ações.
Oitivas - A deputada Mara Caseiro informou que mais três nomes estão aprovados para a oitiva da próxima terça-feira (16). Devem ser ouvidos o presidente nacional do Cimi, Dom Roque Paloschi, o coordenador regional do órgão, Flávio Vicente Machado, e o vereador de Sidrolândia, Cledinaldo Cotócio.