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Política

CPI ouve delegado que comandou reintegração com morte em Sidrolândia

Aline dos Santos | 27/10/2015 08:13
CPI do Cimi faz nova reunião na tarde desta terça-feira. (Foto: Gerson Walber)
CPI do Cimi faz nova reunião na tarde desta terça-feira. (Foto: Gerson Walber)

A CPI do Cimi ouve nesta terça-feira o delegado Alcídio de Souza Araújo, da Polícia Federal. Ele conduziu a ação de reintegração de posse da fazenda Buriti, em Sidrolândia, no ano de 2013. A desocupação foi marcada pela morte do índio terena Oziel Gabriel.

Na reunião, que começa às 14h na Assembleia Legislativa, também serão serão interrogadas outras três pessoas: Inocêncio Pereira e Cacilda Pereira, indígenas de Amambai; e Dionedson Terena. Ele fez um vídeo, que foi exibido na última sessão da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) e usado como prova da relação do Cimi com invasões.

Na ocasião, por questão de protocolo, Dionedson não pôde falar e foi chamado para hoje. A CPI apura se o Cimi (Conselho Indigenista Missionário) incentiva ou financia invasões de terras em Mato Grosso do Sul.

A CPI do Cimi tem a deputada Mara Caseiro (PT do B) como presidente, Paulo Corrêa (PR) na função de relator e Marquinhos Trad (PMDB) de vice-presidente. Pedro Kemp (PT) e Onevan de Matos (PSDB) completam o grupo de trabalho como membros. A Assembleia Legislativa também terá comissão para apurar a morte de indígenas.

O conflito fundiário, que ganha status de tradicional ao se arrastar por décadas no Estado, se acirrou nos últimos meses. Em agosto, Semião Fernandes Vilhalva, 24 anos, foi morto no município de Antônio João, onde estão em disputa 10 mil hectares na faixa de fronteira com o Paraguai.

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