Depois da Câmara, Assembleia diz que vai marcar reunião com Santa Casa
Hospital restringiu atendimento no Pronto-Socorro desde quarta-feira passada
Depois da Câmara Municipal de Campo Grande dizer que vai tentar intermediar a situação envolvendo a prefeitura da Capital e a Santa Casa, a Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul vai buscar a direção da instituição de saúde para uma reunião.
O hospital restringiu o atendimento há quase uma semana, priorizando atendimento de urgência e emergência.
A decisão veio depois que deputados estaduais utilizaram a tribuna, nesta terça-feira, 08, para falar sobre a situação. Paulo Siufi (PMDB) disse que recebeu a informação de que o governo está em atraso no repasse. Já Felipe Orro (PSDB) fala que ouviu dizer que o município não pagou os R$ 3 milhões de junho, nem a totalidade do dinheiro referente a julho.
Para colocar fim aos boatos, o vice-líder do governo, deputado Beto Pereira (PSDB), afirmou que vai chamar o presidente da Santa Casa, Esacheu Nascimento, além de um representante do MPE-MS (Ministério Público Estadual de Mato Grosso do Sul), para que ele explique o de fato está acontecendo.
A intenção é que a direção apresente todos os dados, quanto há de dívida e de repasse de cada um. O presidente da Assembleia, deputado Junior Mochi (PMDB), ficou de marcar a reunião.
Resumo - Desde quarta-feira (dia 2), uma faixa informando superlotação e falta de vagas foi colocada no portão em frente ao hospital. O portão foi instalado em maio deste ano, para que somente pacientes regulados ou casos urgentes fossem atendidos. Com a estratégia para que o Pronto-Socorro deixasse de ser um “postão”, o nome do serviço foi alterado para “Urgência e Emergência”.
A restrição no atendimento tem rendido polêmica. Segundo o prefeito Marquinhos Trad (PSD), a direção da unidade pressiona para ter mais dinheiro. A Santa Casa é o maior hospital do Estado, com atendimentos pelo SUS (Sistema Único de Saúde), plano de saúde e particular.