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Política

Digitalização evitou que sumiço de provas comprometa ação contra Olarte

Páginas desapareceram em julho do ano passado e não comprometem processo, garante MPE

Juliene Katayama | 20/02/2015 14:53
Olarte já disse que MPE não tem provas consistentes contra ele (Foto: Marcos Ermínio)
Olarte já disse que MPE não tem provas consistentes contra ele (Foto: Marcos Ermínio)

O sumiço de 26 páginas do processo que envolve o prefeito de Campo Grande, Gilmar Olarte (PP), não vai comprometer o andamento. Segundo a assessoria do MPE (Ministério Público do Estado), o processo estava digitalizado e as páginas roubadas já foram repostas.

“No dia 7/7/2014 foi constatada a ausência das folhas 122-148 dos autos de PIC nº 02/2014-GAECO, tal fato contudo não prejudicou a investigação criminal porque o Ministério Público, por motivos de segurança, preserva em seu banco de dados uma via eletrônica do procedimento, de modo que as folhas extraviadas foram restauradas de imediato e o feito prosseguiu normalmente”, disse o MPE em nota.

O caso aconteceu no dia 7 de julho do ano passado. No mesmo período o MPE indiciou três jornalistas por quebra de sigilo. Na época, o processo corria em segredo de Justiça que só foi aberto no início deste ano.

Conforme a explicação, “durante tal apuração foram identificadas, contudo, três pessoas que praticaram crime de violação de segredo de justiça mediante a divulgação de trechos dos autos sem a necessária autorização judicial”.

Então, os únicos que tinham acesso ao processo já sete meses atrás eram os advogados dos três réus: Olarte, Ronan Edson Feitosa de Lima e Luiz Márcio dos Santos Feliciano, além do MPE, e o relator, desembargador Luiz Claudio Bonassini da Silva.

Os responsáveis pela violação do segredo de justiça já foram denunciados pelo Ministério Público e o processo corre na 2ª Vara Criminal Residual da comarca de Campo Grande.

Investigação – Olarte é investigado desde quando assumiu a Prefeitura de Campo Grande, em março de 2014, por suposto esquema de agiotagem. O Gaeco (Grupo de Atuação Especial e Repressão ao Crime Organizado) aponta que o suposto esquema movimentou R$ 980 mil.

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