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Política

Eleição de Riedel quebra tradição e Reinaldo é o 1º a fazer sucessor em 32 anos

Desde 1990, Reinaldo Azambuja (PSDB) é o primeiro governador que elege o sucessor

Anahi Zurutuza e Ângela Kempfer | 30/10/2022 17:31
Campo Grande News - Conteúdo de Verdade
Reinaldo Azambuja e Eduardo Riedel, da esquerda para a direita, durante evento de campanha. (Foto: Divulgação)
Reinaldo Azambuja e Eduardo Riedel, da esquerda para a direita, durante evento de campanha. (Foto: Divulgação)

A eleição de Eduardo Riedel (PSDB), com 56,90% dos votos válidos, quebrou “tradição” de 32 anos em Mato Grosso do Sul. Em 1982, eleitores sul-mato-grossenses foram às urnas pela primeira vez para escolher o governador em eleições diretas e desde então, só um mandatário conseguiu fazer o sucessor.

“Foi a vitória da gestão com responsabilidade”, disse Reinaldo Azambuja ao Campo Grande News. O governador afirma, contudo, que a conquista é de toda a equipe dos seus oito anos de gestão. “Não é a minha conquista, a conquista do Reinaldo, é a nossa conquista, de toda uma e equipe. Temos um grupo unido, que sempre acreditou nesse modelo de administração”.

O chefe do Executivo estadual afirma ainda que apesar de Riedel não ser um nome popular, não enfrentou resistência no ninho tucano e o candidato ganhou apoio da população aos poucos. “O Eduardo tinha todos os predicados que a população procurava. Ajudou a construir as políticas públicas, conversou com toda classe política, percorreu o Estado. Sempre foi o candidato mais preparado. Quando a população teve de escolher entre alguém que só criticava e outro que apresentava propostas para o crescimento do Estado, não titubeou”.

Em 1982, quando Wilson Barbosa Martins (PMDB) foi o primeiro eleito de forma direta, não havia reeleição. Em 1986, nove meses antes de concluir o mandato, Wilson renunciou ao cargo para concorrer ao Senado, deixando Ramez Tebet, vice do mesmo partido, no lugar. O grupo foi o último a conseguir fazer um sucessor,  Marcelo Miranda, também pelo então PMDB, que administrou o Estado de 1987 a 1991.

Em 1990, Gandi Jamil, do PDT, foi o candidato da situação – o partido do então governador estava na coligação. Mas, Pedro Pedrossian, do PTB, foi o eleito com 417.589 votos.

Quatro anos depois, Pedrossian lançou Levy Dias, do PTB, mas foi derrotado por Wilson Barbosa Martins (PMDB), que obteve 392.365 votos, 53,70% dos válidos.

Sobre a caminhonete, Pedrossian ao lado de Levy Dias, ambos com as mãos levantadas. (Foto: Joacir Caju/Arquivo/Divulgação)
Sobre a caminhonete, Pedrossian ao lado de Levy Dias, ambos com as mãos levantadas. (Foto: Joacir Caju/Arquivo/Divulgação)

Em 1998, com apoio de Wilson, Ricardo Bacha foi candidato a governador pelo PSDB, sendo derrotado no segundo turno, por José Orcírio Miranda dos Santos, o Zeca do PT, que obteve 548.040 votos, 61,27% dos válidos.

O petista foi reeleito em 2002 e em 2006, o PT tentou eleger Delcídio do Amaral, mas o escolhido para governar Mato Grosso do Sul, com 61,34% dos votos válidos, foi André Puccinelli, do PMDB. O peemedebista queria passar a faixa para Nelsinho Trad, da mesma sigla até 2014, o ano em que Reinaldo Azambuja (PSDB) foi eleito com 55,34% dos votos válidos. Em segundo lugar ficou Delcídio do Amaral (PT), com votação de 44,66%, e Nelsinho, que deixou o PMDB em 2015, ficou em terceiro, com 16,42%.

Nestas eleições, o tucano Eduardo Riedel, que foi secretário da gestão Azambuja por cerca de sete anos e meio, obteve 808.210 votos contra 612.113 de Renan Contar (PRTB), que atingiu percentual de 43,10%.

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