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Política

Empresa diz que atraso na obra do Aquário contribuiu para morte de peixes

Paulo Yafusso | 14/07/2015 20:22
Presidente da Fundect, Marcelo Turine diz que empresa não cumpriu cláusulas do contrato (Foto: Fernando Antunes)
Presidente da Fundect, Marcelo Turine diz que empresa não cumpriu cláusulas do contrato (Foto: Fernando Antunes)

O diretor da Anambi, empresa responsável por cuidar dos peixes do Aquário do Pantanal, Geraldo Augusto da Silva, nega que falha técnica na execução do projeto tenha sido a causa da morte dos peixes e que a empresa não tenha cumprido com cláusulas do contrato. Ele atribui o problema ao atraso no cronograma da obra física. “O objetivo do contrato era elaborar projeto para a sobrevivência dos peixes no Aquário e não na quarentena, na quarentena não existe protocolo”, afirmou.

Após reunião na tarde de hoje na sede da Fundação, presidente da Comissão criada pela Assembleia para acompanhar a obra do Aquário do Pantanal, Lídio Lopes (PEN), afirmou que relatórios da Anambi são conflitantes e que houve falha técnica na execução do projeto pela empresa. O presidente da Fundect, Marcelo Turine, afirmou que além de cometer falha técnica a Anambi não cumpriu com cláusulas do contrato.

Silva conta que pelo cronograma, chegando em Campo Grande em dezembro, os peixes entrariam em quarentena e em janeiro ou fevereiro iriam para o Aquário, mas isso não ocorreu porque os tanques não estavam prontos. “Perguntei várias vezes para a Fundect (Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Ciência e Tecnologia do Estado) que hora que entregaria os peixes para o Aquário com os devidos protocolos, mas a Fundect não nos informava”, afirmou. Ele diz ainda, que pelo Manual da Fundação, a empresa tem até o fim deste mês para apresentar todos os relatórios e isso será feito.

Quanto aos recursos, Geraldo Augusto da Silva diz que o contrato estabelece que a contrapartida de R$ 500 mil não é em dinheiro, mas sim nos gastos com pessoal e realização de análises das água, por exemplo. O diretor também contesta a informação de que o bloqueio do repasse financeiro pela Fundação em abril tenha sido motivado por irregularidade técnica, como pagamento de pessoa física. “No documento que eles no entregaram falam que o bloqueio era para uma avaliação técnica, em momento algum falaram que o motivo é o pagamento a pessoa física”. Geraldo explica que realmente o recurso seria usado também para o custeio do treinamento e qualificação dos profissionais contratados, num total de 35.

Silva explica que com o pagamento de salários gastava por mês R$ 90 mil, sendo que 90% dos recursos repassados pela Fundação era para a manutenção da estrutura. Com relação a morte dos mil peixes que estavam sendo trazidos de Manaus, Geraldo afirma que realmente eles foram incluídos no inventário, o que é normal, para que se possa apresentar o motivo da morte deles. O diretor será ouvido às 15h desta quarta-feira, na Assembleia Legislativa, pelos deputados que fazem parte da Comissão criada para acompanhar a obra do Aquário do Pantanal. Fazem parte dessa Comissão os deputados Lídio Lopes, Angelo Guerreiro (PSDB), Amarildo Cruz(PT) e Renato Câmara (PMDB). O grupo é presidido pelo deputado do PEN.

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