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Política

Deputados afirmam que falha técnica provocou morte de peixes do Aquário

Paulo Yafusso | 14/07/2015 18:58
Na Fundect, deputados tomaram conhecimento de cada etapa do projeto do Aquário do Pantanal (Foto: Fernando Antunes)
Na Fundect, deputados tomaram conhecimento de cada etapa do projeto do Aquário do Pantanal (Foto: Fernando Antunes)

Os deputados que fazem parte da Comissão criada pela Assembleia Legislativa para acompanhar a obra do Aquário do Pantanal e apurar as causas da morte dos peixes, saíram hoje a tarde da reunião na sede da Fundect (Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Ciência e Tecnologia do Estado) convictos de que houve falha técnica na execução do projeto por parte Anambi, empresa responsável pelos peixes e que teve o contrato rescindido pelo governo do Estado no final do mês passado. Durante mais de duas horas os parlamentares receberam dos diretores da Fundect informações sobre os projetos do Aquário.

“As informações não batem, num primeiro relatório a empresa (Anambi) apresenta um número de peixes mortos e num outro relatório posterior, a quantidade era bem maior”, afirmou o deputado Lídio Lopes (PEN), presidente da Comissão, ao deixar a sede da Fundação. Segundo ele, no relatório de 25 de junho a Anambi apresentou inventário com 7.455 peixes vivos e no documento encaminhado no dia 30 do mesmo mesmo, a quantidade era de 13.445 espécies. “Entregaram um relatório inconsistente e com uma diferença enorme nos números”, declarou Lopes, acrescentando que se ficar comprovado que houve prejuízos o Legislativo vai cobrar o ressarcimento.

Um dado que chamou a atenção dos parlamentares, é que uma empresa de Manaus que deveria fornecer peixes para o Aquário do Pantanal teve problemas e mil chegaram mortos. “Esses mil peixes que morreram foram aparecer no inventário apresentado pela empresa, e ela teria que repor isso e não repôs”, afirmou Lídio Lopes.

O presidente da Fundect, Marcelo Turine afirmou que a empresa ainda não apresentou justificativa do motivo desses peixes que morreram terem sido incluídos no inventário. Ele também é taxativo em afirmar que houve falha técnica por parte da Anambi na execução do projeto, o que teria provocado a morte dos peixes. Ele diz ainda, que a empresa deixou de cumprir com alguns itens do contrato como, por exemplo, a aplicação dos R$ 500 mil da contra partida. “Além disso há indícios de que a empresa não gerou nenhum conhecimento científico, o que é inconcebível, já que era um dos objetos do projeto gerar conhecimento científico desde a captura dos peixes até o tratamento deles no local onde estavam”, denuncia Turine.

Segundo ele, pelo projeto para o qual a empresa foi contratada, teria que ter sido feito o cadastramento e acompanhamento diário de todos os peixes, com relatório sobre todas as ocorrências, como a morte dos peixes, por exemplo. Turini disse que se ficar comprovado o não cumprimento do que consta no contrato, a Anambi terá que devolver os recursos. Participaram da reunião também os deputados Renato Câmara, Amarildo Cruz (PT) e Angelo Guerreiro (PSDB), a diretora Científica da Fundect Marilda Bruno e o diretor Administrativo da Fundação, Artur Santos.

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