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Política

Envolvidos lucraram R$ 160 milhões e 44 tiveram bens bloqueados

Pessoas físicas chegaram a triplicar o patrimônio público em cinco anos

Priscilla Peres e Aline dos Santos | 11/05/2017 11:43
Coletiva esclareceu dados nesta manhã. (Foto: Marcos Ermínio)
Coletiva esclareceu dados nesta manhã. (Foto: Marcos Ermínio)

A Polícia Federal comprovou que pessoas físicas envolvidas na Operação Lama Asfáltica mais que triplicaram seu patrimônio em cinco anos. Foi identificado crescimento na ordem de R$ 160 milhões sem origem comprovada, de acordo com dados repassados hoje, em coletiva à imprensa.

Em um dos casos, os valores declarados saltaram de R$ 23 milhões para mais de R$ 89 milhões no período de cinco anos. Para chegar até os dados a Força Tarefa composta pela Receita Federal, Polícia Federa e Controladoria Geral da União, cruzaram dados dos investigados.

Em consequência da operação, foi determinado o bloqueio de R$ 100 milhões das contas bancárias e imóveis de cada um dos 44 investigados, entre pessoas físicas e empresas. De acordo com o delegado regional de combate ao crime organizado, Cleo Mazzotti, todo o valor disponível será bloqueado até alcançar os R$ 100 milhões.

De acordo com o auditor fiscal, Marcelo Lingerfelt, a Receita Federal já lançou multas de R$ 35 mihões por imposto sonegado. Ele acompanha as investigações de Brasília e integra um grupo que pesquisa investigações.

Segundo o delegado, o maior objetivo é ressarcir o patrimônio público com o que foi retirado durante as fraudes, que incluem fraude em licitação, lavagem de dinheiro, corrupção ativa e passiva, entre outros.

Além do bloqueio os investigação vão responder ação criminal crimes e improbidade administrativa. Os nomes não foram divulgados e de acordo com a polícia estão sob sigilo bancário.

Lama Asfáltica - A operação foi deflagrada no dia 9 de julho de 2015, neste período, pelo menos 15 pessoas foram para cadeia. Hoje a Polícia Federal desencadeou a quarta fase para cumprimento de 44 mandados, sendo de prisão, condução coercitiva, e busca e apreensão em quatro cidades de MS e outros dois estados.

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