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Política

Gaeco deve fazer acareação para esclarecer contradições nos depoimentos

Paulo Yafusso | 14/09/2015 19:45
Investigação do MPE deve incluir acareação para esclarecer fatos (Foto: Fernando Antunes)
Investigação do MPE deve incluir acareação para esclarecer fatos (Foto: Fernando Antunes)

Os promotores que atuam na investigação da Operação Coffee Break, deverão adotar mesmo procedimento usado na Operação Lava Jato, que investiga esquema de corrupção na Petrobras: a acareação. A medida vem sendo estudada diante das contradições e inconsistências verificadas em alguns depoimentos. Deverão ser colocados frente a frente os depoentes que deram informações divergentes sobre a mesma situação.

Nesta semana, não haverá novos depoimentos. A equipe se concentra agora na análise do que foi dito pelos depoentes e na realização de diligências. Com base nesse trabalho é que deve ser definido os novos passos da investigação e não se descarta que algumas pessoas sejam intimadas a prestar novo depoimento. Como a Força Tarefa criada pelo MPE (Ministério Público Estadual) vem compartilhando informações e documentos com os órgãos que atuam na Operação Lama Asfáltica, também estão sendo analisadas contradições entre os que constam nos depoimentos feitos no Gaeco com o que foi apurado pelos outros órgãos, como Polícia Federal.

Os novos depoimentos só deverão ser retomados na próxima semana. Já está confirmado que serão chamadas a comparecer ao Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) para prestar depoimento a Elza Cristina Amaral e o prefeito afastado Gilmar Olarte (PP). Segundo investigações da Lama Asfáltica, Elza Cristina, sócia de João Amorim, era a operadora financeira da organização comandada pelo empreiteiro, dono da Proteco.

Elza deveria prestar depoimento ao Gaeco na semana retrasada, mas por estar em gravidez de risco solicitou o adiamento. A nova data do depoimento ainda não foi marcada. Estão sendo chamados a depor todos aqueles que foram pegos falando ao telefone sobre a cassação de Bernal, nas escutas telefônicas feitas pela PF com autorização da Justiça Federal. Também aqueles que tiveram os nomes citados nessas conversas, estão sendo chamados.

A Operação Lama Asfáltica foi deflagrada no dia 9 de julho deste ano, com o objetivo de investigar desvio de dinheiro federal por meio de fraudes em licitações e corrupção de servidores estaduais. Pelo que foi apurado, o esquema seria comandado por João Amorim. Ele também teria atuado para que a Câmara Municipal cassasse o mandato de Alcides Bernal, e como o caso é da esfera estadual, está sendo investigado pelo Gaeco.

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