Governador diz ser contra Marcha da Maconha e a favor da LGBTS
O governador André Puccinelli (PMDB) disse, em entrevista na Assembleia Legislativa nesta sexta-feira, que é contra a Marcha da Maconha, idealizada em estados como São Paulo e Distrito Federal.
“Como médico, a maconha provoca degeneração dos neurônios. Não se pode confundir liberdade com libertinagem”, pregou.
“Sou contra a marcha da maconha, do óxi, da cocaína. Mas votaria pela marcha da liberdade LGBTS (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Simpatizantes)”, pontuou o governador.
Puccinelli também falou sobre a atuação da Polícia Militar durante a manifestação. Defendeu que não pode haver excessos nem infrações à lei e que, caso a corporação tenha de intervir, “sabe o que fazer”.
Nesta semana, ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) entenderam que a proibição das marchas que querem discutir a legalização da maconha no País configura violação do direito de liberdade de expressão.
Do lado contrário, autoridades afirmam que os movimentos fazem apologia ao crime.
Marcha - Amanhã, em Campo Grande, ocorre a Marcha da Liberdade na Praça Ary Coelho. A concentração está prevista para as 9 horas. O movimento surgiu como Marcha da Maconha em São Paulo e no Distrito Federal ganhou outro nome no País e em Mato Grosso do Sul terá várias bandeiras neste sábado.
Nesta semana, durante sessão na Câmara da Capital, organizadores do movimento afirmaram que não está previsto manifesto a favor ou contra o uso, a liberação ou a descriminalização da maconha.
Entidades que organizam o manifesto garantem que o ato é apartidário e listam como motivos para a passeata a luta por políticas culturais, contra a homofobia, pela demarcação de terras indígenas e até por questões pontuais, como a revitalização do centro da cidade.
Os manifestantes também esperam alerta a sociedade sobre o desmatamento do cerrado e das florestas.