Interinos assumem Bela Vista e Caracol;em Jardim, crise de “amigos"
Os prefeitos interinos de Bela Vista e Caracol estão assumindo a condução das respectivas prefeituras nesta quarta-feira. No município de Caracol, a solenidade de posse do presidente da Cãmara Municipal no cargo de prefeito aconteceu ontem à noite, na sede do Legislativo Municipal. Em Bela Vista, o presidente da Câmara, Flávio Barbosa Cabral (PDT), assume a prefeitura hoje, às 17 horas, em evento na sede do Legislativo. A posse mais atrasada é a do prefeito interino de Jardim, já que a cidade vive um clima de lamentos entre “amigos” do prefeito cassado, Marcelo Henrique de Melo (PDT).
As mudanças decorrem de decisões da Justiça Eleitoral, que nesta semana marcou para o dia 7 de julho novas eleições em quatro municípios do Estado, os três acima citados e Figueirão, cujo prefeito interino assumiu na semana passada. Os prefeitos interinos estão tomando posse e vão conduzir os municípios até a realização de nova eleição devido a cassação dos prefeitos, confirmada na semana passada pelo TRE (Tribunal Regional Eleitoral).
Bela Vista terá daqui a pouco, às 17 horas, a posse de Jair Bispo Evangelista (PDT) como prefeito. No lugar dele, na presidência da Câmara assumirá o vereador Antônio jFlávio Barbosa Cabral (PDT), atual vice-presidente. Apesar dos órgãos públicos municipais estarem funcionando, o prefeito cassado Abraão Armoa Zacarias (PMDB) não aparece na cidade desde segunda-feira, quando viajou para Campo Grande a fim de acompanhar o julgamento do TRE. O processo de sucessão eleitoral está caminhando com lentidão em Bela Vista, não havendo ainda pré-candidatos definidos.
No caso de Caracol, o presidente da Câmara assumiu o cargo de prefeito ontem à noite, às 19 horas, em solenidade que durou cerca de uma hora, com a presença dos vereadores e de poucas pessoas. Ronilson Centurião Pereira (PT do B) assumiu a prefeitura e em seu lugar na Câmara, o vereador Ozeias Ferreira Forte (PMDB), tomou posse como presidente.
Como o prefeito interino integra o mesmo grupo político do prefeito cassado Manoel Viais (PT), o discurso unânime foi o de aguardar a liminar que o prefeito cassado tentará conquistar no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) para voltar ao comando do município. Centurião manteve todos os secretários municipais, com os quais esteve reunido esta manhã, e disse que dará continuidade ao trabalho do prefeito cassado.
O grupo político do prefeito cassado quer lançar um nome de consenso, que seria o da ex-primeira-dama Célia Viais (PSD). Do outro lado Bento Afonso (PFL) deve disputar pela oposição.
A situação mais complicada é a de Jardim, onde o relacionamento de “amizade” entre o prefeito cassado e os vereadores está atrasando a posse da gestão interina. O prefeito cassado Marcelo Henrique Melo (PDT) não aparece na Prefeitura de Jardim desde sexta-feira passada. Jardim tem o maior colégio eleitoral dentro os quatro municípios que terão eleição, com mais de 17 mil eleitores.
A presidente da Câmara de Jardim, Cláudia Wanessa Barbosa (PMDB), que vai assumir a prefeitura da cidade, disse estar constrangida com a situação. "Além de pertencermos a mesma base política, somos amigos pessoais e estou sem graça com tudo isso que aconteceu", disse ela.
Pressionada, Cláudia marcou reunião com os vereadores para amanhã cedo, ocasião em que deverá tomar posse como prefeita no lugar do cassado Marcelo Henrique de Mello (PDT). “Vou assumir a prefeitura. Hoje tomei providências na Câmara para a vice assumir a presidência . Sou companheira do prefeito, mas vamos fazer o que Justiça determina”, assegurou. A presidência da Câmara deverá ser assumida pela vereadora Rosineide Maciel da Silva (DEM).
Sobre o clima eleitoral, Cláudia Wanessa informou que ainda não há candidatos definido no grupo do prefeito cassado Marcelo Henrique. Já no PMDB, segundo ela, tem cinco ou seis pré-candidatos, entre os quais Carlinhos Gruber, que foi adversário do Marcelo em outubro do ano passado. Também concorreu naquela eleição Odilon Vasques do Prado (PSDC).
