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Política

Jamilson Name consegue apoio dos colegas e ação criminal é sustada

Até parlamentar com covid é convocado para garantir votação favorável

Gabriela Couto | 18/03/2021 11:29
Deputado Jamilson Name (sem partido) ganhou apoio dos colegas e ação criminal que ele responde só poderá ser retomada no fim do seu mandato (Foto Assembleia Legislativa)
Deputado Jamilson Name (sem partido) ganhou apoio dos colegas e ação criminal que ele responde só poderá ser retomada no fim do seu mandato (Foto Assembleia Legislativa)

Os deputados estaduais aprovaram na sessão desta quinta-feira (18) por 12 x 4 o pedido de sustação do andamento da ação penal do deputado Jamilson Name (sem partido).

A iniciativa é do presidente regional do PP, deputado Evander Vendramini, que alegou ter sido "provocado" pela Assembleia Legislativa após receber o ofício da 1ª Vara Criminal da Comarca de Campo Grande.

A votação foi marcada pelo silêncio de parte dos deputados que apesar de estarem acompanhando a sessão se ausentaram durante a contagem de votos. Até o próprio interessado, Jamilson Name, não votou. Além dele, se calaram José Carlos Barbosa (DEM), Herculano Borges (Solidariedade), Lucas de Lima (Solidariedade), Marçal Filho (PSDB) e Renato Câmara (MDB). Carlos Alberto David, o coronel Davi, (sem partido) não participou da sessão porque estava em agenda externa.

Foram contrários com justificativa a bancada do PT formada por Pedro Kemp e José Almi e  Renan Contar (PSL) e João Henrique (PL). Contar questionou a celeridade com relação a votação do pedido que foi protocolado no dia 11 de março, lembrando que tenta, até na justiça, colocar em votação o impeachment do governador e não consegue.

"Esse documento entrou na semana passada e está sendo votando agora. Quem dera todos os requerimentos tramitassem assim com a mesma celeridade. Não seríamos visto adotando um peso e duas medidas, sobretudo nas questões interna corporis da Assembleia”, disse Contar.

Para João Henrique Catan (PL), o Poder Legislativo não pode interferir no Judiciário. “Não é possível que coloquemos em xeque o instituto da sustação penal com esse caso.  Devemos respeitar a independência dos poderes e que cada um faça sua parte. Voto Não.”

Para garantir a votação, o destaque ficou para deputado Gerson Claro (PP). Em casa, se recuperando covid-19 ele foi convocado pela Mesa Diretora para votar. Ele votou sim, a exemplos dos seus colegas Antônio Vaz (Republicanos), Eduardo Rocha (MDB), Evander Vendramini (PP), Lídio Lopes (Patriotas), Londres Machado (PSD), Mara Caseiro (PSDB), Márcio Fernandes (MDB), Neno Razuk (PTB), Rinaldo Modesto (PSDB), Zé Teixeira (DEM).

O presidente Paulo Corrêa (PSDB) tentou convocar segunda chamada, mas só conseguiu mais uma adesão de Felipe Orro (PSDB). Com o resultado de 14 x 4 o documento será encaminhado para o Judiciário e Jamilson só poderá ser julgado após a conclusão do mandato, em 2022.

O deputado é suspeito de envolvimento com organização criminosa que fazia execuções no Estado, conforme apurado pela Operação Omertá, chefiada pelo Gaeco, grupo especial de combate ao crime organizado.

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