Lamaçal no PT não fará estragos nos planos locais, dizem petistas de MS
Para presidente regional do PT, em Mato Grosso do Sul o PMDB poderá ser mais prejudicado por escândalos estaduais
O fato de o Partido dos Trabalhadores estar cada dia mais envolvido em escândalos de corrupção não causará estragos na vida política de petistas em Mato Grosso do Sul. Pelo menos é o que dizem acreditar lideranças do PT ouvidas pelo Campo Grande News após o último capítulo envolvendo a legenda, que inclui buscas da Polícia Federal na sede em São Paulo e a prisão do ex-ministro Paulo Bernardo, também ex-secretário estadual sul-mato-grossense durante o governo Zeca.
Presidente regional do PT no Estado, Antônio Carlos Biffi diz que os escândalos nacionais em torno do partido em nada afetarão na Capital. Para ele, em âmbito local há outros partidos, a exemplo do PMDB, que podem ser mais prejudicados. Isto porque alguns peemedebistas são alvos das operações Coffee Break e Lama Asfáltica.
Por enquanto, então, a meta do PT em MS é buscar partidos de esquerda. “Aliados naturais” da legenda, nas palavras de Biffi.
O vereador Marcos Alex é o pré-candidato do Partido dos Trabalhadores em Campo Grande, inclusive com a oficialização de seu nome em evento nesta sexta-feira (24), às 19 horas.
Marcos Alex também afirma que o lamaçal onde se encontra o PT não afetará sua pré-candidatura. A exemplo de discursos feitos anteriormente na Câmara Municipal, diz considerar algumas ações contra petistas “uma perseguição”.
Para ele, não havia necessidade de prender Paulo Bernardo. “É praticamente combinado, criminalizar o PT próximo à votação do impeachment”.
O mesmo defendeu Biffi. Para o presidente, o PT tem sido o “único alvo da Lava Jato” de forma proposital para enfraquecer o partido às vésperas da eleição.
Custo Brasil – Paulo Bernardo, que foi ministro do Planejamento no governo de Luiz Inácio Lula da Silva, foi preso na quinta-feira (23), na operação chamada Custo Brasil, desdobramento da Lava Jato. Neste caso, foi apurado um suposto esquema de pagamento de propina de R$ 100 milhões.
Marido da senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), o ex-ministro teria beneficiado, por anos, as campanhas da esposa, por meio de favorecimento da empresa Consist Software.