Marquinhos vai se reunir com governador antes de escolher partido
Após a aprovação no Senado Federal da janela partidária, que vai permitir que os parlamentares tenham 30 dais para trocar de partido, sem perder o mandato, o deputado Marquinhos Trad (PMDB) declarou que antes de anunciar sua nova legenda, quer marcar uma reunião com o governador Reinaldo Azambuja (PSDB).
Com esta afirmação, o deputado destaca que o PSDB pode ser o seu destino, caso haja uma combinação e acordo para que ele seja o candidato a prefeito de Campo Grande, pela legenda, em 2016. Inclusive este é o principal motivo que levou Marquinhos a sair do PMDB, já que não confiava que seria indicado para disputa.
"Estou tranquilo, agora abriu uma possibilidade legal para sair, terei 30 dias para decidir que sigla vou seguir, pois a intenção é ser candidato a prefeito. Vou ouvir os partidos e antes ter uma conversa com o governador (Reinaldo Azambuja)", declarou ele.
Marquinhos ainda reiterou que além do PSDB, também teve convites do PSB e PSD, e tem conversas com o PSC e Rede Sustentabilidade. "Agora é esperar a promulgação da lei, para que se abra os 30 dias, se tenho todo este prazo, não vou decidir no primeiro (dia)".
O deputado Beto Pereira (PDT) que também almeja deixar o seu partido, com grandes chances de seguir para o PSDB, ressaltou que já está com uma ação na Justiça para deixar o PDT, no entanto se houver qualquer impasse, pode usar a janela para trocar de legenda, sem perder o mandato. "Temos que sempre contar com todas as possibilidades, mas no meu caso já estou com processo encaminhado".
Partidos - Os líderes partidários também não reclamaram da abertura da "janela" e disseram que é uma chance para o insatisfeitos deixarem suas legendas. "Desta forma dá liberdade para todo mundo, quem quiser sair poderá seguir seu caminho, assim como a gente não ficar com quem não quer, para o PMDB não muda nada", disse Eduardo Rocha (PMDB).
O peemedebista acredita que no âmbito nacional, o PT deve ter mais prejuízos, já que o partido enfrenta grande rejeição em função das críticas ao governo federal. "Deve ser o partido mais desgastado neste momento".
Para o líder do governo, Rinaldo Modesto (PSDB), os tucanos em Mato Grosso do Sul levam vantagem, pelo fato de estarem justamente a frente do governo estadual. "Facilita porque estamos no poder, então atrai mais vereadores e prefeitos, tem esta vantagem a mais, o partido sempre esteve de portas abertas a boas lideranças".
Já Amarildo Cruz (PT) tem uma visão mais otimista do seu partido e acredita que o PT não perde muito com a janela. "O nosso partido sempre é o menos prejudicado nestas mudanças, tem muitos correligionários fieis, não trocam a legenda assim facilmente".