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Política

Marun admite controle de imigrantes, mas nega fechar fronteira com a Venezuela

Ministro da Secretaria de Governo da Presidência da República afirma que “não há democracia” na gestão de Maduro e confirma intenção de controlar entrada de venezuelanos no país

Humberto Marques e Leonardo Rocha | 14/02/2018 11:20
Ministro criticou regime comandado por Maduro, mas descartou fechamento de fronteiras. (Foto: Marcos Ermínio)
Ministro criticou regime comandado por Maduro, mas descartou fechamento de fronteiras. (Foto: Marcos Ermínio)

O ministro da Secretaria de Governo da Presidência da República, Carlos Marun, confirmou que o Palácio do Planalto avalia aumentar o controle migratório nos Estados que fazem fronteira com a Venezuela, como Roraima. Contudo, descartou o fechamento das entradas do país para moradores que tentam fugir da crise econômica e política que assola o país governado por Nicolás Maduro.

Um projeto do governo federal visa a distribuir, a partir de março, venezuelanos que entram no Brasil por Roraima –a capital daquele Estado, Boa Vista, já teria recebido cerca de 40 mil imigrantes, que se tornaram um problema social. Segundo o ministro Raul Jungmann (Defesa), Mato Grosso do Sul seria um dos prováveis destinos para os imigrantes.

“Em função da crise política e econômica da Venezuela, Brasil e Colômbia têm recebido muitos imigrantes, que saem de lá querendo vida nova. Por isso, o governo federal precisa fazer um controle nos Estados vizinhos, como Roraima, quanto ao fluxo migratório”, declarou Marun nesta quarta-feira (14) em Campo Grande, onde participa do velório e sepultamento do ex-governador Wilson Barbosa Martins.

Marun reforçou não ter detalhes sobre como seria feito tal controle, “mas a fronteira não será fechada”. Ele disse, ainda, torcer por uma “solução pacífica” na Venezuela –em meio a informações sobre desabastecimento de alimentos e deficiência em serviços básicos, como saúde, sem resposta à altura do governo de Maduro para evitar a evolução da crise.

“Lá, hoje em dia, não há democracia. Por isso, tanto o Brasil como a Colômbia têm de se precaver e fazer o controle na região de fronteira sobre o fluxo migratório”.

Projeto – A possibilidade de Mato Grosso do Sul receber imigrantes venezuelanos foi confirmada na quinta-feira (8) por Raul Jungmann,que listou também São Paulo, Paraná e Amazonas como possíveis destinos dessas famílias. A Sedhast (Secretaria de Estado de Direitos Humanos, Assistência Social e Trabalho), porém, não havia sido notificada sobre tal possibilidade.

Ao menos mil venezuelanos devem ser redistribuídos pelo país. A massa migratória que chega ao país soma, em média, 700 pessoas diariamente.

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