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Política

MegaServ e mais duas empresas vão para última fase de pregão da limpeza

Zemil Rocha | 31/08/2013 09:00
Bernal contratou ontem faxineiros da MegaServ para cargos de confiança (Foto: Arquivo)
Bernal contratou ontem faxineiros da MegaServ para cargos de confiança (Foto: Arquivo)

As três empresas que ofereceram menores preços no Pregão Presencial nº 99 para limpeza das unidades de saúde de Campo Grande apresentam, na próxima segunda-feira (2), planilha de custos detalhada, para finalizar o certame. Os classificados para essa etapa são a MegaServ, Guima Constr. Serv. e Com. Ltda e Organização Morena. . O certame contou com o interesse de 26 empresas que retiraram o edital. Desse total, 8 empresas atenderam todos os requisitos e participaram do processo licitatório na modalidade pregão, com menor preço.

O preço inicialmente estipulado pela Prefeitura de Campo Grande para o Pregão Presencial, realizado no dia 27 de agosto, era de R$ 1.265.264,70 por mês com validade anual e a MegaServ, atual detentora do contrato emergencial, ofereceu a proposta de R$ 833 mil e depois, no lance verbal, abaixou ainda mais, para R$ 769 mil, representando um deságio é de quase 40% em relação ao valor inicial estipulado pela municipalidade.

Depois de MagaServ, apresentaram menores preços as empresas Guima Constr. Serv. e Com. Ltda e Organização Morena, que apresentaram respectivamente os seguintes valores em suas propostas: R$ 1.056.144,00 e R$ 1.100.000,00. Essas duas empresas, juntamente com a Luger Multiserviços, que propôs R$ 1.193.203,00 pela execução do serviço, apresentaram protestos no dia do pregão contra a MegaServ.

Para as concorrentes, a MegaServ apresentou um preço muito abaixo da realidade do mercado. “É inexeqüível”, chegou a dizer Water Loo, diretor da Total Serviços Gerais, empresa que prestava serviço de limpeza dos postos de saúde na gestão passado e nos dois primeiros meses do governo de Alcides Bernal, quando desistiu em razão de não estar recebendo pelos serviços prestados.

Aliás, essa situação de inadimplência pela municipalidade em relação a várias empresas, entre as quais a Total, a RDM e o Consórcio Solurb, é que levou a Câmara de Campo Grande a criar a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Calote.

A Mega Serv é a atual detentora do serviço de limpeza nos postos de saúde da Capital, tendo firmado contrato emergencial com a Prefeitura de Campo Grande no valor de R$ 4,4 milhões, dia 1º de março, com vigência de 180 dias. O prazo de efetivo serviço prestado venceu em 27 de agosto, mesmo dia em que foi realizado pregão.

Contratação ilegal – A prefeitura de Campo Grande contratou ilegalmente ontem, por nomeação para cargos em comissão, 265 faxineiros para a limpeza das unidades de saúde do município, que não tinham continuado a trabalhar nas unidades de saúde no dia 28 de agosto e seguintes, apesar de já ter expirado o contrato da municipalidade com a MegaServ. A contratação afronta o Art. 37, V, da Constituição Federal, que só permite a nomeação para esses cargos em situações de chefia, direção ou assessoramento.

A contratação dos faxineiros demitidos pela MegaServ, realizada pelo prefeito Alcides Bernal, tem validade até o encerramento da licitação, quando for assinado o contrato com a empresa vencedora do certame. De acordo com o secretário Municipal de Administração, Ricardo Ballock a expectativa é de que, não havendo recurso, a licitação termine nos próximos 10 dias úteis.

O secretário Ballock reitera que a licitação para a contratação da empresa que fará a limpeza das unidades de saúde está sendo feita dentro das normas legais e do prazo.

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